NBA Playoffs: Colapso histórico

    O ANO DOS “COMEBACKS”

    Depois de eliminar os Utah Jazz, após estar a perder por 3-1, os Denver Nuggets repetiram o feito diante os favoritos (a vencer a liga) LA Clippers. Incrível e até algo inconcebível, o que a equipa comandada por Mike Malone fez no desenrolar dos últimos 3 jogos decisivos da série. De realçar que esta foi a primeira vez na história da liga, que uma equipa conseguiu recuperar por duas vezes no mesmo ano de playoffs de um défice de 3-1.

     MÉRITO DOS NUGGETS OU DEMÉRITO DOS CLIPPERS?

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    Naturalmente, quando pensamos na derrota de uma equipa que era favorita, são mais os erros e falhas a apontar à mesma, do que são os elogios à oposição. Nesta série podemos obviamente referir um poucos dos dois, não obstante colocando um peso maior na “culpa” que Doc Rivers acarretou e a inoperância dos seus pupilos numa série que deveria ter sido deles.

    Começando com a defesa. É verdade que os Clippers até são bem reconhecidos por ter bons defensores, mas o momento é coletivo e não chega ter boas individualidades para parar Jokic, Murray ou até mesmo Milsap e MPJ. Foram vários os momentos do jogo, em que Doc Rivers fazia saltar os homens do banco com maior preponderância no momento ofensivo, mas que, no entanto, pouca diferença faziam no momento defensivo. Problemas que não são novos, aliás de relembrar a partida diante os Mavericks onde sofreram uns injustificáveis 135 pontos, que inclusive empatou a série (2-2), num jogo que apesar dos muitos elogios aos Mavericks, motivou muitas críticas ao trabalho de Doc Rivers.

    Ora, depois há pormenores que marcam a diferença, como por exemplo, qual foi a mensagem transmitida a Pat Beverly? O base norte americano é reconhecido como um trabalhador incrível na vertente defensiva do jogo, mas que por vezes peca por ser impaciente ou por querer estar em todo o lado, motivando faltas desnecessárias e uma agressividade (mesmo que boa) impotente. Aquele que deveria ser a principal “dor de cabeça” para Jamal Murray, acabou por estar constantemente em problemas com as faltas, não impactando como deveria.

    Depois as estrelas: Kawhi Leonard e Paul George. É reconhecido o seu talento nas duas vertentes do jogo, mas nesta série não conseguiram fechar o jogo por 3 ocasiões, como deveriam. Se, por um lado, um teve inconsistente e frágil mentalmente (Paul George), outro (Kawhi) sublinhou a sua debilidade enquanto «playmaker», não conseguindo movimentar o coletivo, incrementando alguma previsibilidade nas dinâmicas ofensivas, ajudando tacitamente a defensiva dos Nuggets.

    Do lado dos Nuggets, de destacar o que a dupla Jokic e Murray fizeram. Apesar de todas as falhas dos Clippers, ambos foram preponderantes na recuperação ímpar da turma de Denver e conseguiram desequilibrar de todos os feitios e maneiras, desbloqueando aquela que foi um dos melhores «comebacks» da história da liga.

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    Diogo Silva
    Diogo Silvahttp://www.bolanarede.pt
    O Diogo lembra-se de seguir futebol religiosamente desde que nasceu, e de se apaixonar pelo basquetebol assim que começou a praticar a modalidade (prática que durou uma década). O diálogo desportivo, nas longas viagens de carro com o pai, fez o Diogo sonhar com um jornalismo apaixonado e virtuoso.