Sim, eles são bons demais

    Cabeçalho modalidadesÉ ponto assente que os playoffs da NBA em 2017 são uma enorme desilusão para quem gosta de imprevisibilidade e jogos renhidos. Os Cavaliers dominaram no Este enquanto os Warriors passearam na Conferência Oeste, chegando às finais invictos. E, depois de mais duas partidas, a invencibilidade da equipa de Golden State mantém-se. Costuma dizer-se que uma série dos playoffs só começa quando uma das equipas ganha fora de portas. Porém, os Warriors nem precisam disso. E, mesmo que precisassem, não parece difícil fazê-lo. Até porque uma coisa é bater o recorde de vitórias na fase regular. Outra é ser campeão sem derrotas nos playoffs…

    Os campeões moram em Cleveland e o melhor jogador da liga também. No entanto, os Warriors são tão bons que fazem dos Cavs os underdogs destas finais. E tudo porque acrescentaram a uma equipa de três all-stars aquele que é, em condições normais, o segundo melhor jogador da NBA, com uma fome de títulos tremenda, no papel de vilão que ele próprio aprendeu a amar.

    Durant é o fator diferencial que os Warriors procuravam Fonte: Mercury News
    Durant é o fator diferencial que os Warriors procuravam
    Fonte: Mercury News

    O segundo jogo das finais trouxe uns Cavs renovados. Kevin Love estava quente, LeBron continuava a atacar o cesto com força e os jogadores complementares do plantel de Cleveland estavam a aparecer. Do outro lado, Draymond Green andou carregado de faltas, Klay Thompson apareceu a espaços e Stephen Curry juntava momentos de brilhantismo a perdas de bola desnecessárias (algo que no ano passado custou um título). Mas, no ano passado, não havia Kevin Durant. E é esse o fator que torna uma das melhores equipas de sempre numa (vou arriscar uma previsão) equipa imbatível. KD consegue penetrar para o cesto com facilidade, lançar de meia-distância quando o caminho para o cesto está fechado e lançar triplos do parque de estacionamento quando os Cavs defendem mesmo muito bem. Depois, do outro lado do campo, dá sempre jeito ter um extremo com mais de dois metros e com braços que vão de um lado ao outro do campo, capaz de defender qualquer um.

    Foi por essa razão que, apesar de ameaçarem, os Cavaliers nunca passaram para a frente na segunda partida destas finais. Foi também por causa de Kevin Durant que os Warriors terminaram com mais de 130 pontos num jogo das finais, mesmo com vinte perdas de bola. E é por causa da sobrenatural qualidade e capacidade física de Durant, o novo vilão da NBA, que o troféu vai voltar para Oakland. Sim, os Cavaliers sofreram derrotas mais pesadas nos dois primeiros jogos há um ano. E também é verdade que James não cairá sem dar luta. Mas, mesmo que Curry, Thompson, e Green se exibam a meio-gás (o que já faria dos Warriors uma equipa temível), este ano há o fator que não existia na temporada passada: Kevin Durant.

    Foto de Capa: http://www.nbcbayarea.com

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    António Pedro Dias
    António Pedro Diashttp://www.bolanarede.pt
    Tem 22 anos, é natural de Paços de Ferreira e adepto do SL Benfica. Desde muito pequeno que é adepto de futebol, desporto que praticou até aos 13 anos, altura em que percebeu que não tinha jeito para a coisa. Decidiu então experimentar o basquetebol e acabou por ser amor à primeira vista. Jogou até ao verão passado na Juventude Pacense e tem o Curso de Grau I de treinador de basquetebol desde os 19. O gosto pela NBA surgiu logo quando começou a jogar basquetebol e tem vindo a crescer desde então, com foco especial nos Miami Heat.                                                                                                                                                 O António escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.