Tyler Herro: O novato com mentalidade de veterano

    Em Kentucky, mais aliviado da pressão, Tyler Herro fez lembrar Devin Booker, que estudou e jogou no mesmo local. A forma de lançamento peculiar, mas quase perfeita e o grande ego que ostentava apaixonaram os adeptos, que viram ambos os jovens durante pouco tempo nas suas fileiras.

    No único ano de partidas na NCAA, o shooting-guard fez médias de 14 pontos, 2,5 assistências e 4,5 ressaltos, o suficiente para se sentir preparado para o próximo passo, a NBA. Para os especialistas, os maiores problemas do jogador eram a baixa percentagem de acerto de lançamento, a falta de velocidade e algumas dificuldades apresentadas ao nível defensivo.

    Os Miami Heat não tiveram receio e apostaram em Herro como uma escolha de lotaria (13.ª). Numa das equipas favoritas ao título, somou sempre muitos minutos na rotação (27, em média) e depressa se estabeleceu como um dos melhores novatos da liga, com exibições muito regulares e números bastante interessantes.

    Por consequência, o número 14 dos Heat ganhou um lugar na All-Rookie second team (segundo cinco ideal de melhores caloiros) da fase regular. Engane-se quem acredita que as exibições desceram de nível nos Playoffs, porque o Rookie continua a um nível elevado.

    Ao lado de Bam Adebayo, outro jovem muito promissor, Tyler Herro, forma uma dupla que promete dar muitas alegrias à formação do sul dos Estados Unidos. Até ao momento, a equipa de Miami luta por uma vaga nas finais da NBA frente aos Boston Celtics, numa série que está longe de ver o lançamento final.

    Todas as dúvidas sobre o potencial fracasso da escolha foram dissipadas com o tempo. O jovem de apenas 20 anos demonstrou uma força e dedicação acima da média no rumo ao sonho de jogar na melhor liga de basquetebol do mundo.

    Apesar de considerar que ainda tem de afinar alguns detalhes como a melhor seleção de lançamentos e a intensidade defensiva, Tyler Herro está a confirmar-se como uma das maiores promessas do basquetebol, ao lado de Ja Morant ou Trae Young. O contexto em que está inserido e os colegas de qualidade vão ajudar na tarefa e de certeza que vai continuar a bater recordes atrás de recordes.

    Para muitos, a adversidade determina o fim de um sonho, mas no caso de Tyler, foi o início de uma fase ainda melhor que estava para vir. O futuro da NBA está bem entregue a jovens com esta mentalidade.

    Artigo revisto por Inês Vieira Brandão

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    Clara Maria Oliveira
    Clara Maria Oliveirahttp://www.bolanarede.pt
    A Clara percebeu que gostava muito de Desporto quando a família lhe dizia que estava há muito tempo no sofá a ver Curling. Para isso não se tornar uma prática sedentária, pegava na caneta e escrevia sobre o que via e agora continua a fazê-lo.                              A Clara escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.