O difícil papel de suplente

    A importância de Mcadoo

    O extremo dos Golden State Warriors (NBA), James Michael Ray McAdoo, foi elemento de destaque em North Carolina (“Tar Heels”), onde jogou três anos. Em 2014, não concluiu o ultimo ano de elegibilidade e não foi escolhido no NBA draft.

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    Fonte: New York Times

    A família tem grande tradição na modalidade: os pais de McAdoos, Ronnie e Janet, jogaram basquetebol em Old Dominion e foram profissionais na Europa, a irmã mais velha, Kelsey, também jogou em North Carolina. O pai de McAdoo é primo do “Hall of Fame”, Bob McAdoo, que também jogou em North Carolina, na NBA e na Europa.

    Agora, apesar de ser o último jogador no banco da melhor equipa da NBA, a atitude e a ética de trabalho fazem de James McAdoo um elemento valioso.

    Nos jogos dos Golden State Warriors, poucos reparam neste jovem, que fica na maior parte das vezes o jogo inteiro sentado no banco. Só se dá por ele quando o técnico, Steve Kerr, pede um desconto de tempo e ele se levanta para dar um high five a uma das grandes estrelas da equipa.

    A rotina de James McAdoo, ao longo da semana, não é, contudo, fácil. Normalmente, é o primeiro a chegar ao centro de treino. Liga o seu o som, calça as botas e junta-se a três membros do departamento de vídeo dos Golden State Warriors (conhecidos como os membros do Clube do Café da Manhã ), para fazer um ligeiro aquecimento antes do treino.

    Como assiste à maioria dos jogos sentado numa cadeira dobrável à beira do campo, precisa de treino extra. Os seus companheiros, que o conhecem por Mac, apreciam o seu esforço. “Ninguém me subestima só porque eu não jogo”, declarou McAdoo.

    Da equipa que foi campeã em 2015, apenas seis jogadores permanecem no elenco dos Warriors: Stephen Curry, Klay Thompson, Draymond Green, Andre Iguodala, Shaun Livingston e James Michael McAdoo. McAdoo só ficou devido à sua ética de trabalho, à sua mentalidade de saber trabalhar em equipa e ao seu contrato barato.

    McAdoo esta época apenas jogou em média 8,4 minutos. “É difícil jogar mais tempo porque temos muito jogadores bons”, disse o técnico assistente, Ron Adams.

    Está sujeito a uma rotina implacável, chega cedo e sai tarde, procurando não só melhorar como jogador, mas também em  motivar os seus companheiros, que ficam comprometidos com o trabalho duro ao verem o exemplo do suplente.

    McAdoo é um jovem (24 anos) que está bem ciente do seu papel. “Não estou aqui para fazer discursos motivacionais”, diz. Nunca sabe quando vai ter direito a minutos mas tem de estar preparado .

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    Fonte: New York Times

    Complicada é também a vida da sua esposa, Lauren, uma ex-jogadora de voleibol. “Estou a assistir aos jogos e quando já  estão a vencer por 20 ou mais penso: é agora que ele vai entrar. Fico tão frustrada quando não o colocam e depois ele chega a casa e apenas dia: Está tudo bem!”.

    A maioria dos vizinhos de McAdoo desconhece o que ele faz profissionalmente.

    Lauren McAdoo tem, contudo, uma visão positiva da carreira do marido: “Muitos jogadores eram capazes de matar para fazerem parte do banco dos campeões”.

    Foto de Capa: James Pennington

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    Mário Silva
    Mário Silvahttp://www.bolanarede.pt
    De jogador a treinador, o êxito foi uma constante. Se o Atletismo marcou o início da sua vida desportiva enquanto atleta, foi no Basquetebol que se destacou e ao qual entregou a sua vida, jogando em clubes como o Benfica, CIF – Clube Internacional de Futebol e Estrelas de Alvalade. Mas foi como treinador que se notabilizou, desde a época de 67/68 em que começou a ganhar títulos pelo que do desporto escolar até à Liga Profissional foi um passo. Treinou clubes como o Belenenses, Sporting, Imortal de Albufeira, CAB Madeira – Clube Amigos do Basquete, Seixal, Estrelas da Avenidada, Leiria Basket e Algés. Em Vila Franca de Xira fundou o Clube de Jovens Alves Redol, de quem é ainda hoje Presidente, tendo realizado um trabalho meritório e reconhecido na formação de centenas de jovens atletas, fazendo a ligação perfeita entre o desporto escolar e o desporto federado. De destacar ainda o papel de jornalista e comentador de televisão da modalidade na RTP, Eurosport, Sport TV, onde deu voz a várias edições de Jogos Olímpicos e da NBA. Entusiasmo, dedicação e resultados pautam o percurso profissional de Mário Silva.                                                                                                                                                 O Mário escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.