Fórmula 1 Testes de Barcelona 2: O jogo das escondidas

    Olhando para o segundo pelotão, há uma suspeita de quem poderá tentar o tão cobiçado quarto lugar. Para começar, temos a Racing Point, que surpreendeu todo o paddock com uma quase cópia do carro da Mercedes do ano passado. O monolugar foi desenvolvido no túnel de vento da equipa germânica, e baseado no perfil aerodinâmico do mesmo, daí as semelhanças. A verdade é que este foi a melhor sessão de testes da equipa cor-de-rosa em muitos anos. Antes havia sempre dificuldades com falta de peças e questões orçamentais, sendo a Force India uma das equipas que fazia menos voltas. Mas, este ano, notou-se uma saúde financeira muito maior, com muito mais voltas, muito mais dados recolhidos sobre o carro, e pura e simplesmente uma aura de positividade gigante à volta da equipa. 2019 foi um ano conturbado para a equipa, com um carro desenvolvido à pressa, mas se antes eram competitivos com pouco dinheiro, com um Lawrence Stroll a ajudar…

    A Renault também está muito mais cuidadosa nas previsões
    Fonte: Formula 1

    Voltando ao tema de esconder o jogo, temos as duas equipas motorizadas pela Renault, começando pela McLaren. A equipa surpreendeu até o fã mais confiante com o retorno em grande que fizeram na época passada, após um ano de 2018 abismal. Com dois excelentes pilotos, o primeiro carro, completamente desenvolvido por James Key, está a ser muito elogiado pelos dois pilotos, particularmente após o novo difusor introduzido nesta segunda semana de testes. A equipa ainda não mostrou o jogo todo, por isso, apesar de toda a confiança, a Racing Point devia estar atenta.

    Olhando agora para a Renault, a equipa que não apresentou o carro, que decidiu usar uma pintura completamente negra, e que, ao contrário do ano passado, está a ser muito humilde sobre o que conseguiu com este carro, parece estar a disfarçar. 2019 foi um ano atípico para a Renault, a equipa que vinha em ascensão desde 2016 tropeçou nas escadas, e cabe-lhes agora levantar. Decidiram apostar num design um pouco mais radical, e apesar de fazerem bons tempos de volta nesta segunda sessão, incluindo o terceiro melhor por Daniel Ricciardo, ainda não parece que tenham mostrado tudo o que o carro tem para oferecer. Do lado da Renault, existe um silêncio desconfortante de quem sabe que no ano passado falou de mais e que agora quer trabalhar mais e falar menos. E, como equipa de fábrica, não é mais do que a obrigação deles.

    De uma equipa que quer regressar ao quarto lugar, para outra que pretende a quinta posição pela primeira vez na história, a Alpha Tauri. Esta é mais uma equipa que é capaz de criar um bom carro em qualquer ano. Aconteceu em 2017, 2018 e 2019, por isso o normal é que se mantenha. Não houve grandes destaques nos tempos de volta, mas foram feitas muitas voltas na pista de Barcelona, o que prova fiabilidade, e com a parceria com a Red Bull a ser mais próxima, várias ideias e conceitos são retirados de uma equipa que luta por vitórias, o que só pode ser bom. Pessoalmente, acredito que a AlphaTauri vai estar consistentemente nos pontos e a complicar a vida à Racing Point, à Renault e à McLaren.

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    Luís Manuel Barros
    Luís Manuel Barros
    O Luís tem 21 anos e é de Marco de Canavezes, tem em si uma paixão por automobilismo desde muito novo quando via o Schumacher num carro vermelho a dominar todas as pistas por esse mundo fora. Esse amor pelas 4 rodas é partilhado com o gosto por Wrestling que voltou a acompanhar religiosamente desde 2016.                                                                                                                                                 O Luís escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.