Rosberg fez um autêntico passeio domingueiro e nunca teve de se preocupar com os perseguidores. Hamilton terminou na quinta posição, baralhado com as afinações do mapa de motor. O inglês perdeu demasiado tempo a conversar com o engenheiro, a exigir explicações, mas a falta de respostas concretas deixou-o longe da luta pelo pódio.
Nota negativa para a Toro Rosso. Daniil Kvyat e Carlos Sainz abandonaram, ambos com a suspensão partida. Azar, também, para Pascal Wehrlein. O estreante chegou a rodar nos pontos, no nono lugar, mas foi obrigado a desistir depois do Manor ficar sem travões. Ainda assim, deixou boas indicações e promessas de possíveis surpresas. A Red Bull volta a errar na estratégia: Ricciardo e Verstappen foram os únicos da linha da frente a fazer duas paragens. Ficaram atrás dos Mercedes, dos Ferrari, de Perez e Bottas. Se o objectivo é ser a segunda equipa da competição, algo tem de ser repensado.
Nota positiva para Nico Rosberg e o total controlo que demonstrou. Mas mais do que isso, nota muito positiva para o Grande Prémio da Europa. Apesar das críticas dos pilotos, ainda que bem fundamentadas, a F1 fica a ganhar com esta prova. É arriscada, difícil, ondulada, cheia de carácter e personalidade. E se raramente o faço, aqui fica a excepção: tenho de dar toda a razão a Bernie Ecclestone. “Este é um circuito que exige coragem. Se eles não querem pilotar, não têm de o fazer”. Ámen.
Sergio Perez alcançou um valioso pódio para a Force India e Vettel mostrou que a Ferrari ainda está viva. Nico Rosberg conquistou a quinta vitória do ano e já tem um fosso de 24 pontos para Lewis Hamilton. Este é, cada vez mais, o ano de Nico. A Fórmula 1 volta no fim-de-semana de 1 a 3 de Julho, com o Grande Prémio da Áustria.
Foto de capa: Mercedes AMG Petronas