Super Licença FIA: O bilhete dourado para a Fórmula 1

    Indycar:

    Na principal categoria de monolugares da América do Norte encontramos vários pilotos extremamente capazes, porém, raramente é feita a transição da IndyCar para a Fórmula 1, sendo o oposto mais comum. Como é uma categoria onde os chassis são todos semelhantes, mudando apenas a marca dos motores, é seguro dizer que os melhores pilotos são os que estão no topo da tabela classificativa, e aqui destacam-se três, Josef Newgarden, Simon Pagenaud e Alexander Rossi.

    Newgarden lidera o campeonato, correndo pela Penske, uma das mais lendárias equipas da IndyCar. Porém, apesar da excelente época que está a construir, e de estar numa idade mais que aceitável para correr na Fórmula 1 (28 anos), o americano já não tem uma experiência de correr na Europa desde 2010, quando correu na GP3 (atual Fórmula 3), e seria um risco demasiado grande para uma equipa de Fórmula 1 arriscar num piloto já afirmado, e que provavelmente iria pedir um salário mais elevado do que alguém da Fórmula 2.

    Já Simon Pagenaud, francês que é colega de equipa de Newgarden e vencedor da Indy 500 de 2019, sofre pela idade. Apesar de já ter mostrado interesse em testar um carro de Fórmula 1, os seus 35 anos fazem dele uma opção que serviria apenas para isso, testes. Com a mentalidade de apostar na juventude que as equipas de Fórmula 1 tem hoje em dia, um piloto como Pagenaud não teria nem a juventude nem a experiência em monolugares europeus para ser colocado ao volante de um Formula 1 durante um fim-de-semana, quanto mais uma corrida.

    Isso deixa-nos com Alexander Rossi, o único destes três que une a experiência num carro de Formula 1 com uma idade aceitável. O americano é neste momento o segundo classificado do campeonato de Indycar, atrás de Newgarden por apenas 35 pontos, estando mais do que na luta pelo seu primeiro campeonato. Entre 2012 e 2014 fez parte de equipas de Formula 1 como piloto de testes, na Caterham e Marussia, até que surgiu a oportunidade de conduzir pela Manor em 2015, conseguindo no máximo um 12º lugar no GP dos Estados Unidos, algo fantástico para um carro que era sofrível.

    Sendo um piloto com provas dadas, julgo que era o mais capaz de entrar na Formula 1 e se afirmar, e a equipa perfeita para isso seria a Haas. Equipa americana junta com um piloto americano, e a história escreve-se sozinha. E tendo em conta que a Haas ainda está a decidir o futuro dos seus pilotos, não colocaria Alexander Rossi na Formula 1 de parte…

    Alexander Rossi é o candidato mais forte da América do Norte.
    Fonte: Indycar

    Fórmula 3:

    Se na Fórmula 2 já avistámos jovens aspirantes a pilotos, então nem precisamos de falar na Fórmula 3.

    Os pilotos de destaque nesta ‘corrida à Super Licença’ acabam por apenas serem quatro: Christian Lundgaard (67), Marcus Armstrong (50), Juri Vips (47), e o atual líder do campeonato, Robert Schwartzman (46).

    Apesar de todos eles serem futuros líderes e, como qualquer outro com o sonho de se tornar piloto profissional de Fórmula 1, dedicados e com um talento indescritível, não creio que, neste momento, o campeonato de Fórmula 3 vá já abrir as portas a qualquer um destes para uma vaga direta para a Fórmula 1 em 2020, mas sim para possíveis pilotos de testes, e, por exemplo, como acontece com Vips e Armstrong, um lugar nas camadas jovens das equipas como a Red Bull Junior Team ou Academia da Ferrari, respetivamente.

    No entanto, não deixamos de destacar o esforço de qualquer um deles, que, certamente, chegarão ao patamar que desejam.

    Christian Lundgaard é, neste momento, quinto no campeonato de F3, mas destaca-se pelo maior número de pontos para a superlicença.
    Fonte: Fórmula 3
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