As contas do ano passado foram mostradas ao público há uns meses, e nesse relatório, a Williams apresentou grandes prejuízos, porque não consegue sair do buraco, mas no entanto, com uma melhor gestão de certeza que conseguem. Vejam a McLaren, no ano passado estava a fazer companhia à Williams na luta acesa pelo pior carro da Fórmula 1, e, este ano, após uma reestruturação da equipa e do modo de gestão deram um salto para o top 4.
A mesma McLaren que estávamos a começar a achar que ia pelo mesmo caminho da Williams, mas eles mostraram uma grande diferença. Engoliram o orgulho, perceberam que os métodos de gestão usados pelo fantástico Ron Dennis, que haviam funcionado no passado, não podiam ser utilizados agora e decidiram simplificar as coisas. Admitir que já não eram uma equipa de topo e ganhar humildade, e vejam… Neste momento tudo indica que mais uns anos e consegue chegar ao topo novamente. Por isso, ainda há esperança para a Williams.
Se as coisas não mudam, tendo em conta o saldo negativo das contas que apresentaram este ano, não sei se a Williams estará por cá em 2021, e se assim for, veremos mais uma equipa lendária a juntar-se ao panteão das equipas inovadoras que foram muito mal geridas na fase final, como a Lotus e da Brabham…
É triste que a Fórmula 1 se tenha tornado tão corporativa, de tal forma que os “garagistas” (como Enzo Ferrari chamava às equipas independentes), não consigam afirmar-se. Talvez com as novas limitações orçamentais de 2021 as coisas fiquem melhores, mas até lá, não vendo nada a mudar na Williams, não os imagino a melhorar para o próximo ano.
Soluções? Não tenho, mas que tentem pelo menos seguir o modelo da McLaren que já se mostrou bem-sucedido, pode resultar, se já não for tarde de mais…
Foto de Capa: Fórmula 1
artigo revisto por: Ana Ferreira