Podemos dizer que o UFC 200 foi salvo por Anderson Silva, ele que é o melhor de todos os tempos. No entanto, este estatuto não impediu que o brasileiro não fosse dominado do início ao fim. Cormier, que treinou para um combate de 5 rondas contra Jon Jones, foi claramente superior a Silva porque assim tinha de o ser. Esta era uma luta que o americano não podia perder, ou arruinaria toda a sua credibilidade enquanto campeão. Cormier reconheceu que não seria capaz de manter a luta em pé contra Silva e, em virtude destas circunstâncias, lutou feio mas eficaz, para fúria dos fãs.
O campeão de peso meio-pesado manteve “Spider” sempre no chão, castigando-o com ground and pound, ao som dos apupos das bancadas. O brasileiro nunca pareceu visivelmente magoado, mas também nunca foi capaz de inverter a situação dado o peso de Cormier e o seu pedigree em luta greco-romana. No final da terceira ronda, com a luta em pé, Anderson acertou um bom pontapé ao fígado de Cormier, que ficou magoado, criando uma erupção de gritos e aplausos por parte dos espetadores. Não conseguiu finalizar, sendo logo amarrado no clinch, mas deixou uma boa impressão.
Silva, aliás, já tinha vencido antes de sequer entrar no octógono. Foi um acto heróico por parte do brasileiro, que, segundo o próprio, tinha de retribuir à UFC tudo aquilo que esta já lhe tinha dado. É disto que se fazem os grandes.