Polónia mantém título | Saltos de Esqui, Oberstdorf

    Com o pelotão da frente, mais em concreto os cinco primeiros, separados por 3,8 pontos, tudo estava em aberto na luta pelas medalhas. A organização, o durante a primeira parte da prova, alterou várias vezes. Tudo num constante sobe e desce “o portão”, oscilando entre o treze, do qual foram realizadas as primeiras marcas da tarde, e o onze, no qual saltaram os atletas mais fortes da Taça do Mundo.

    Claro está que o objetivo da mesma, seria decerto conseguir uma harmonia perfeita entre as condições de vento e a velocidade atingida pelos competidores à saída da rampa do trampolim, mas o que é certo, é que tantas alterações vieram perturbar a fluidez da competição, bem como prejudicaram a qualidade do espetáculo.

    Numa ronda final, em que as dificuldades da organização, em assertar com o “portão” continuaram a ser uma realidade, foi então que, quase se ia concretizando novo “milagre”, dado que após fazer 103m, Halvor Egner Granerud, ficou no quarto posto, trepando doze posições, algo que em Mundiais ou em Jogos Olímpicos de pouco importa, no entanto tal esforço é digno de louvor!

    O ouro, viajou novamente até à Polónia, mas desta feita com um protagonista distinto: Piotr Zila, que viu a glória “bater-lhe à porta” aos 34 anos, neste que foi o seu primeiro ouro individual de toda a carreira em grandes eventos. A prata ficou na posse de Karl Geiger, que já lhe viu acontecer de tudo na presente temporada: sagrou-se vencedor dos Campeonatos do Mundo de Voos de Esqui, foi pai, contraiu Covid-19, apagou-se subitamente e agora voltou a renascer das cinzas, qual Fénix, quando mais era necessário!

    O bronze, coube ao esloveno Anze Lanisek que, aos 22 anos, levou o técnico daquele país às lagrimas, pois tal era impensável no madrugar da temporada. No passado, esta nação padeceu de dificuldades na sua estrutura, algo que redondaria no despedimento daquele que era, naquele momento, o seu responsável técnico. O quinto posto foi para o anterior detentor do ouro em trampolim pequeno, David Kubacki, com Robert Johansson, da Noruega, a ser o Sr. que se lhe seguiu na tabela classificativa.

    O praticante japonês Ryoyu Kubayashi terminou afundado na 12ª posição, visto que rubricou uma segunda marca nada condizente com o seu real valor. Marius Lindvik em 14º e Markus Eisenbichler, em 17º posto, foram outras grandes deceções.

    Se houve polacos em plano de evidência, outros houve que esperam dias melhores. Refiro-me mais em concreto a Kamil Stoch, múltiplo campeão Olímpico e Mundial e um dos três atletas em toda a história da modalidade a vencer todas as disputas do torneio dos quatro trampolins numa só edição, em 2018, fazendo um “poker”. Ficou apenas pelo 22º lugar, no entanto, também o seu compatriota, o jovem Andrzej Stekala, com um segundo registo horrível, terminando relegado para o final da classificação, ficando no último lugar desta ronda final.

    Foi assim que findou a primeira aparição dos atletas dos saltos de esqui nesta edição dos Mundiais de Esqui Nórdico. Já no correr da próxima semana, contar-lhe-emos o que se passou de mais significativo nas demais provas dos saltos de esqui, inseridas neste certame.

    Até lá fique com o BNR, que o coloca a par de tudo aquilo que vai acontecendo no desporto nos quatro cantos do mundo!

     

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    Diogo Rodrigues
    Diogo Rodrigueshttp://www.bolanarede.pt
    O Diogo é licenciado em Ciências da Comunicação pela Universidade Lusófona do Porto. É desde cedo que descobre a sua vocação para opinar e relatar tudo o que se relaciona com o mundo do desporto. Foram muitas horas a ouvir as emissões desportivas na rádio e serões em família a comentar os últimos acontecimentos/eventos desportivos. Sonha poder um dia realizar comentário desportivo e ser uma lufada de ar fresco no jornalismo. Proatividade, curiosidade e espírito crítico são caraterísticas que o definem pessoal e profissionalmente.