Com o andamento do encontro, a sorte do jogo parecia estar a querer trocar de lado. Após ter sido a favor de Itália, parecia começar a favorecer Portugal, pois várias situações de perigo junto à baliza de Petrony, com maior ou menor dificuldade, estavam a ser anuladas. Porém, essa sensação foi “sol de pouca dura”, porque em cima da marca dos dezanove minutos, Belchior cometeu uma falta à entrada da área portuguesa sobre Sciacca, que não falhou e fez o 6-2.
Tudo voltava a correr mal a Portugal e a cerca de dois minutos de uma nova pausa, Jordan viu um cartão vermelho ao fazer falta sobre Marinai, que aproveitou o livre, que mais parecia um novo penalti, para fazer o sétimo. Porém, com alguma sorte, pois rematou rasteiro e a bola foi direitinha ao poste direito e entrou nas redes portuguesas.
Terminado mais um período, Portugal estava em desvantagem por 7-2. A primeira fase até demonstrou uma seleção portuguesa melhor, mas depois tudo regressou à tónica dos doze minutos iniciais. Com a Itália a aproveitar quase todas as oportunidades de que dispunha. A competição estava definida, apenas bastava aguardar pelo fim da última parte.
Portugal voltou a entrar melhor no derradeiro período, mas uma bicicleta de Léo Martins nos segundos iniciais, passou ao lado da baliza de Carpita. Todavia, minutos depois, boa iniciativa de Von e isolado diante o guarda-redes italiano, reduziu a desvantagem para 7-3. Pouco depois, contra-ataque rápido da seleção portuguesa e servido por Léo Martins, Von, com uma excelente receção, tirou o defensor transalpino no caminho e rematou para o fundo das redes de Carpita. O marcador passava a indicar 7-4 a favor da Itália.
O novo bom momento de Portugal na partida continuava e a possibilidade de reduzir a desvantagem para apenas dois golos era real. Contudo, Léo Martins rematou à figura de Carpita e desperdiçou um livre em ótima posição.
Os segundos passavam e o relógio ia ficando com cada vez menos tempo para se jogar. A formação portuguesa não deitava a toalha ao chão, mas Carpita estava novamente a ser decisivo. A equipa orientada por Mário Narciso arriscava tudo, o que lhe ia valendo uns sustos na defesa, mas com maior ou menor dificuldade estavam a ser superados. Faltavam aparecer os golos que ajudassem a manter a esperança viva.
À entrada para os últimos dois minutos, na sequência de um passe nos limites de Belchior, Von voltou a marcar, reduzindo o marcador para 7-5. Será que ainda haveria tempo para um golpe de teatro? A resposta é não.
Concluída a partida, a Itália venceu Portugal por 7-5 e revalidou a conquista o torneio de Futebol de Praia da 2º edição dos Jogos do Mediterrâneo. Partida equilibrada, tal como se poderia antecipar, onde a formação transalpina foi extremamente eficaz e contou com um Carpita em grande que, sobretudo no primeiro período, foi fundamental para a diferença alcançada no marcador e que se veio a relevar decisiva.
Nunca é bom perder, mas a competição que Portugal verdadeiramente quer vencer arranca na próxima quinta-feira. A Superfinal da Liga Europeia de Futebol de Praia, que se joga na Figueira da Foz. A seleção portuguesa defronta a Turquia na primeira jornada da fase de grupos e já sabe que não vai puder contar com Jordan para esse jogo, em virtude da expulsão no encontro deste sábado.
CINCOS INICIAIS:
Portugal – 12-Andrade (GR), 2-Coimbra, 5-Jordan, 10 Belchior e 11-Léo Martins
Jogaram ainda: 1-Tiago Petrony (GR), 4-Bruno Torres, 6-Ruben Brilhante, 7-Madjer (CAP.), 13-Ricardinho, 16-Tiago Batalha e 18-Von
Itália – 1-Andrea Carpita (GR), 5-Gentilin, 6-Marinai, 7-Ramacciotti e 19-Sciacca
Jogaram ainda: 12-Alessio Battini (GR), 9-Zurlo, 13-Chiavaro, 16-Marco Giordani, 17-Palazzolo e 20-Alessio Frainetti