BnR Olímpico: Entrevista a José Garcia

    BnR: Quantos anos de preparação um atleta olímpico, em média, precisa de ter para poder chegar a uns JO e ter uma boa prestação?

    JG: Não me atrevo a responder a isto porque as modalidades são muito distintas. Eu recordo que, no meu caso, eu pratico desporto desde que me conheço. É verdade que existem atletas que praticam uma modalidade durante muito tempo e depois em três, quatro anos, foram medalhados olímpicos noutra modalidade, mas serão modalidades com características semelhantes de exigência física. Mas é algo que não lhe posso dizer. É óbvio que é muito tempo e que tem de ser uma vida dedicada a este objetivo.

    BnR: O facto de a competição se realizar no Rio é um motivo extra de motivação?

    JG: De motivação não acredito que seja, de superação penso que sim, porque serão com certeza os portugueses de Portugal, os portugueses residentes no Brasil e os que têm dupla nacionalidade todos a torcer por Portugal. Em relação a esta matéria, estive no Rio em agosto num seminário e em cada brasileiro, em cada carioca que encontrei, era raro o que não tinha ligações a Portugal, e eu cheguei-me a confrontar com jovens emocionados a falar dos seus antepassados de Vila Verde, Castro Marim, e a verdade é que a relação é muito forte; serão mais portugueses a gritar bem alto o nome de Portugal.

    A sala de reuniões do COP recorda todos os seus presidentes
    A sala de reuniões do COP recorda todos os seus presidentes

    BnR: Os brasileiros podem fazer parecer que estamos em casa?

    JG: Sim, a língua será também um elemento facilitador e aglutinador de vontade e superação.

    BnR: Como é que surgiu o convite para ser chefe da missão olímpica?

    JG: Primeiro, quero dizer que estou muito grato por este convite. Desde muito cedo que o olimpismo me diz muito. Já o fiz na Canoagem e este é um trabalho que faria gratuitamente. O meu passado enquanto atleta, treinador e dirigente de clubes e da Federação (de Canoagem) contribuíram para que as pessoas tenham apontado o meu nome para este cargo.

    BnR: Qual é o trabalho que um chefe de missão olímpica tem de desempenhar?

    JG: Um chefe de missão olímpica procura criar as melhores condições para os atletas enquanto participam nas missões. O Comité Olímpico não organiza só a missão olímpica. Desde que cá estou já realizámos a missão dos Jogos da Juventude, a missão dos Jogos Europeus e também o Festival Olímpico da Juventude Europeia. O COP não organiza só os JO, organiza também uma série de missões em que os nossos jovens atletas se unem e fomentam a ligação a Portugal.

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