Mais a mais, ainda há outros pontos: como seja o do calendário do próprio COI, cujas provas se iniciam já depois de os campeonatos terem começado, fazendo que os clubes fiquem reticentes em libertar os seus jogadores, o que é muito natural. E ainda a velha questão de que estas são seleções sub-21 (acrescidas de três jogadores com mais de 21 anos, à escolha do selecionador, o que as faz serem as tais sub-23).
Mesmo assim, foi bom para o Brasil ter ganho. Provou que as maldições não existem. Depois de derrotas frustrantes em finais como a de Seul 1988, com Romário e companhia às mãos da poderosa União Soviética, ou depois de ter perdido com a Nigéria, e ainda a última com o México por 3-2 (depois de ir para o intervalo a vencer por 2-0), eis que finalmente o Brasil venceu uma final dos Jogos. Estas condicionantes e o fantasma alemão faziam temer o pior.
Nos Jogos Olímpicos da Grécia Antiga o vencedor recebia uma coroa de louros pela vitória alcançada. E apesar de os gregos antigos desconhecerem o futebol, agora foi o Brasil, que, de uma vez por todas, inscreveu o seu nome no altar dos deuses: o Olimpo.