Sonho do Olimpo #1: A primeira não se esquece

    AC EM OLÍMPIA E A ESPERA DE MAIS DE 1500 ANOS PARA O RETORNO… NA GRÉCIA

    É difícil não associar os Jogos Olímpicos à Grécia e vice-versa. Compreendo, porque até eu tenho dificuldade em fazê-lo. Mas é certo que as competições dedicadas aos deuses da Grécia Antiga viriam a fundar (muito mais tarde) aquilo que, atualmente, estamos habituados a ver de quatro em quatro anos ou uma Olimpíada, a unidade de tempo que contabiliza o mesmo espaço temporal.

    O período da ocupação romana na Hélade, como ficou conhecida a Grécia para os romanos, impossibilitou uma linha contínua desta maratona à qual chamamos de Jogos Olímpicos, mas o espírito de muitos durante a história levou à recuperação de tudo (ou de quase tudo…).

    Sabemos que a história se faz de muitas pessoas, e para este caso não é exceção. Foram diversos os personagens que tentaram reaver os Jogos Olímpicos da Grécia Antiga como Evangelis Zappas ou Dr. William Penny Brookes. Efetivamente conseguiram-no, todavia, não com a proporção que os mesmos desejavam, visto que cobriram apenas competições nacionais dos seus respetivos países.

    Mas então porquê falar sobre estes dois personagens? Bem, a explicação é fácil. O trabalho que Evangelis Zappas fez influenciou William Brookes e este último influenciou Pierre de Coubertin, considerado o «Pai dos Jogos Olímpicos Modernos». O seu verdadeiro nome? Pierre de Frédy. Foi o fundador do Comité Olímpico Internacional e o principal impulsionador da maior competição à escala global tal como a conhecemos.

    A espera para voltar a grande competição terminou 1500 anos depois da última quando em 1896, em Atenas (Grécia), foi organizada a I Olimpíada dos Jogos Olímpicos Modernos. O Estádio Panathinaiko, um símbolo nacional e olímpico preservado pelo Estado Grego, foi o palco desta primeira competição e não poderia ter sido noutro local. Os Jogos Olímpicos combinam muito bem com a Grécia, seja ela Antiga ou até mesmo Contemporânea (mas deixaremos esta para mais tarde…).

    Como tudo na vida, o percurso das Olimpíadas encontrou pedras no caminho, sobretudo, devido às Exposições Mundiais que se realizaram nos períodos iniciais da competição. Aliás, até teve de voltar à Grécia e a Atenas para ganhar novo brilho ou aquele toque vindo diretamente do Olimp(ia)o.

    Toque dos Deuses que se prolongou até aos dias de hoje, principalmente, no que à Tocha Olímpica diz respeito. Nos dias que correm, o ritual da passagem da Tocha ainda se organiza como se vivêssemos na Grécia Antiga. Diretamente de Olímpia, a chama começa um percurso longo e muito demorado (mas também ele criativo e de inclusão) até ao país organizador do respetivo ano.

    A encenação permite manter viva a velha tradição de acender a Tocha Olímpica de maneira natural com a força dos raios de Sol ou será Hélio, o Deus grego do Sol, a participar também ele na encenação? Inconclusivo até hoje, mas a Tocha Olímpica essa sim é um verdadeiro símbolo de uma competição onde todos os atletas querem chegar.

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    João Pedro Barbosa
    João Pedro Barbosahttp://www.bolanarede.pt
    É aluno de Jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social, tem 20 anos e é de Queluz. É um apaixonado pelo desporto. Praticou futebol, futsal e atletismo, mas sem grande sucesso. Prefere apreciar o desporto do lado de fora. O seu sonho é conciliar as duas coisas de que gosta, a escrita e o desporto.