Sonho do Olimpo #2: Quanto mais alto, maior a queda

    UM VELOCISTA, UMA CINEASTA E UM DITADOR ENTRAM NOS JOGOS OLÍMPICOS – Parte Um

    Acredito que todos nós saibamos aquilo que foi a história destes Jogos Olímpicos de 1936 nem que seja pela sua repercussão histórica ou mesmo pela elevada importância de um atleta que mostrou ao Mundo que estavam todos errados.

    Jesse Owens

    Nascido em Okaville, no Estado do Alabama (Estados Unidos), estava destinado a ser conhecido como o homem mais rápido do Mundo. James Cleveland Owens é o verdadeiro nome do atleta, mas há uma questão que deve estar a pairar na sua cabeça, certo? Conhecido essencialmente por «Jesse» o nome apareceu exatamente por causa do jovem James que, com o seu sotaque, acabou por dizer o seu nome como «JC», acabando por ficar «Jesse».

    Ainda não sabia o que era estar numa competição como as Olimpíadas, mas, mesmo assim, já conseguia bater recordes mundiais nas provas da Universidade, onde representava a de Ohio. As suas performances não passaram despercebidas aos olhos do Comité Olímpico Americano para que fosse chamado para as qualificações para as Olimpíadas de 1936, em Berlim.

    Possivelmente, a pessoa a quem mais Jesse Owens deve o seu grande sucesso, para além dele próprio, é ao seu treinador da Universidade de Ohio, Larry Snyder. Com uma carreira promissora pela frente, Snyder destruiu-a com acidente de avião, contudo, não deixou o seu pupilo estragar aquilo que podia ser uma bela história de cinema e não só.

    Contudo, não foi só Snyder que impulsionou a carreira de Owens, pois o seu próprio atleta conseguiu fazer o mesmo. Depois do grande sucesso que foi o de Owens, Larry Snyder tornou-se primeiro treinador assistente da Equipa Olímpica Americana e em 1960 foi ele mesmo o treinador.

    Jesse Owens venceu quatro medalhas de Ouro: 100 metros, 200 metros, 4×100 metros e salto em comprimento. Um novo recorde nos Jogos Olímpicos que estava apenas em três medalhas conquistadas em apenas uma edição. As duas provas mais importantes em termos históricos são as duas últimas e passamos a explicar por quê, caro leitor.

    Na prova dos 4×100 metros, dois atletas americanos, Marty Glickman and Sam Stoller, foram afastados da final por terem origens judaicas. Nos seus lugares foram Jesse Owens e Ralph Metcalfe, que carregavam o fardo de vencerem para novo murro no estômago da Alemanha Nazi e de Hitler. Bem, a história teve um final feliz e já sabemos qual foi… Vitória norte-americana e houve novo ouro.

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    João Pedro Barbosa
    João Pedro Barbosahttp://www.bolanarede.pt
    É aluno de Jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social, tem 20 anos e é de Queluz. É um apaixonado pelo desporto. Praticou futebol, futsal e atletismo, mas sem grande sucesso. Prefere apreciar o desporto do lado de fora. O seu sonho é conciliar as duas coisas de que gosta, a escrita e o desporto.