Tóquio 2020, Canoagem #1: O “tempero” que faltava ao nosso medalheiro

    PRIMEIRO CHEGOU A DESILUSÃO E DEPOIS VEIO A CONSAGRAÇÃO

    Era dia de todas as decisões, quer para Pimenta, quer para Portela, com a final a ser objetivo para ambos.

    Quanto a Portela, tudo se complicava após a mesma saber que competiria na meia-final mais forte, na qual se encontravam as maiores candidatas aos metais.

    Mesmo assim, a nortenha não esmoreceu e deu luta até ao fim, mas terminaria no sexto posto, quando apenas os quatro melhores tempos seguiriam para a finalíssima!

    A nacional seria relegada para a Final B, anotando um registo de 39.301. Já na Final B, a atleta lusitana acabaria por ser a vencedora da regata, completando-a em 39.562, finalizando a sua prestação no décimo lugar, não batendo assim o seu resultado de Londres 2012, em que concluiu a referida especialidade na oitava posição.

    O MOMENTO SUPREMO DO DIA

    Chegava então a hora F, ou seja, a hora de Fernando Pimenta abordar a pista olímpica!

    Com as medalhas em mira, a excelente forma patenteada pelo natural de Ponte de Lima parecia confirmar-se quando vencera a segunda meia-final numa prova bem gerida. Acelerando na fase final, logrou bater o recorde olímpico na distância de K1 1000, cumprindo-a em 3.22.942.

    Chegado à grande final, Pimenta sabia que, caso conquistasse “um metal”, entraria para a galeria de notáveis do desporto Português, já composta por: Carlos Lopes, Rosa Mota e Fernanda Ribeiro, os únicos atletas a conquistarem mais de uma medalha em certames olímpicos.

    Com a madrugada a avançar em Portugal, os patrícios dariam por bem empregue as horas de sono perdidas, visto terem sido presenteados com a terceira medalha nos Jogos Olímpicos de Tóquio, após o bronze de Jorge Fonseca, no Judo, e da prata de Patrícia Mamona, no Triplo Salto. O bronze chegaria com Pimenta a registar um tempo de 3.22.478.

    Assim, e após a medalha de prata em Londres 2012, Pimenta arrecadou mais um resultado de excelência. Tendo já admitido que não se satisfez com o degrau mais baixo do pódio, o atleta referiu que está aí para as curvas, bem como que pretende competir até às olimpíadas de Brisbane, em 2032.

    Agora, é tempo de felicitar Pimenta por mais um êxito conseguido e aguardar que nos continue a oferecer mais desse “tempero”!

    Foto de capa: Comité Olímpico Portugal

    Artigo revisto por Joana Mendes

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    Diogo Rodrigues
    Diogo Rodrigueshttp://www.bolanarede.pt
    O Diogo é licenciado em Ciências da Comunicação pela Universidade Lusófona do Porto. É desde cedo que descobre a sua vocação para opinar e relatar tudo o que se relaciona com o mundo do desporto. Foram muitas horas a ouvir as emissões desportivas na rádio e serões em família a comentar os últimos acontecimentos/eventos desportivos. Sonha poder um dia realizar comentário desportivo e ser uma lufada de ar fresco no jornalismo. Proatividade, curiosidade e espírito crítico são caraterísticas que o definem pessoal e profissionalmente.