A importância particular do ritmo competitivo nos defesas-centrais

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    Uma época de futebol dura cerca de nove meses. E para se conseguir realizar uma época consistente em que se alcance os objectivos pretendidos, é necessário fazer uma gestão rigorosa do plantel. É preciso saber rodar o plantel consoante as necessidades da equipa e as competições em que o clube está envolvido.

    No entanto, existem certas posições na estrutura táctica da equipa que, numa equipa sólida e estável, permanecem praticamente inalteradas ao longo da época, a não ser que motivos de força maior obriguem a rodar, como as lesões e os castigos.

    Uma velha máxima do futebol diz que uma equipa começa a construir-se a partir de trás. Logo, eu parto do princípio de que, se uma equipa tiver uma defesa estável, isso será meio caminho andado para construir uma equipa sólida e consistente.

    Ora, à medida que um jogador vai começando a jogar começa a ganhar confiança e ritmo competitivo. No entanto, dada a velha máxima que referi, considero que a posição de defesa-central é aquela onde o ritmo competitivo é mais importante. E isto porquê?

    Suponhamos que num certo jogo. numa fase já avançada da época, um dos defesas-centrais habituais titulares da equipa está castigado e entra um suplente no onze inicial para o seu lugar. Ora, um defesa-central que tem sido suplente ao longo da época não tem a mesma confiança e o mesmo ritmo de jogo que um defesa-central titular. E, não tendo o mesmo andamento que jogadores que têm sido titulares ao longo da época, este terá mais dificuldades em travar os avançados adversários, principalmente, se forem avançados rápidos que gostam de explorar o espaço nas costas da defesa.

    Felipe trouxe estabilidade e consistência à defesa do FC Porto. Fonte: FC Porto
    Felipe trouxe estabilidade e consistência à defesa do FC Porto.
    Fonte: FC Porto

    E com isso, o seu parceiro no centro da defesa, mesmo sendo titular ao longo da época, não terá o mesmo rendimento visto que está pouco entrosado com o defesa-central que entra na equipa para esse jogo. Como tal, creio que a estabilidade no centro da defesa é um dos factores fundamentais para se ter uma época bem sucedida.

    Um bom exemplo em que se revela as duas faces da moeda é a equipa do FC Porto nas últimas duas temporadas. Um dos motivos para a época desastrosa do clube azul e branco, foi a instabilidade no centro da defesa, que levava a constantes alterações nesse sector. Entre Maicon, Marcano, Bruno Martins Indi e Chidozie, não ouve uma dupla de centrais que se afirmasse ao longo da época.

    Esse problema foi resolvido por Nuno Espírito Santo na última época. Com a contratação do brasileiro Felipe e a afirmação de Ivan Marcano, o novo treinador do Wolverhampton Wanderers FC conseguiu construir uma defesa sólida e estável, com a dupla de centrais formada por Felipe e Marcano a permanecer praticamente inalterada ao longo da época. Certamente, não foi por aí que o FC Porto voltou a não ganhar nada na última época.

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    Tiago Serrano
    Tiago Serranohttp://www.bolanarede.pt
    O Tiago é um jovem natural de Montemor-o-Novo, de uma região onde o futebol tem pouca visibilidade. Desde que se lembra é adepto fervoroso do Sport Lisboa e Benfica, mas também aprecia e acompanha o futebol em geral. Gosta muito de escrever sobre futebol e por isso decidiu abraçar este projeto, com o intuito de crescer a nível profissional e pessoal.