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A Batalha de Nuremberga – À primeira vista, a Batalha de Nuremberga parece ser uma campanha militar entre Aliados e as Potências do Eixo, ocorrida na Segunda Guerra Mundial, como a Batalha de Dunkirk ou da Grã-Bretanha. Spoiler: não é. Acreditando-se ou não, foi um jogo de futebol (embora mais parecesse de futebol americano) dos oitavos-de-final do Mundial de 2006, entre Portugal e Holanda. É considerado o jogo mais violento da história dos Mundiais de Futebol; bateu o recorde de cartões distribuídos: ao todo, foram mostrados 16 cartões amarelos e quatro vermelhos.
Às vezes, dizemos que numa determinada partida, o metro quadrado pagou-se caro, mas só ficamos a saber, verdadeiramente o significado dessa expressão ao vermos este jogo. O festival de pancadaria começou cedo: aos seis minutos, Boulahrouz entra de sola à coxa de Cristiano Ronaldo (que à custa de tanta pancada, viria a ser substituído logo aos 34’), entrada logo vingada por Maniche com uma rasteira a Van Bommel; segundos depois, Costinha abalroa Cocu e pouco depois, Nuno Valente aplica um golpe de Karaté a Robben, que foi entendido como pé em riste do holandês. Após um carrinho a Deco, Figo dá uma cabeçada a Van Bronckhorst; logo a seguir, Boulahrouz dá uma cotovelada a Figo e é expulso. Depois, após um carrinho por trás de Deco a Heitinga, Petit implica com o holandês e é agredido por Sneijer. Entretanto, Deco atrasa uma reposição de bola dos holandeses, é derrubado por Cocu e expulso por acumulação de amarelos. Nos descontos, Van Bronckhorst rasteira Tiago e é expulso por acumulação de amarelos. Algures no meio deste espectáculo de MMA, Maniche fez o golo que apurou Portugal para os quartos-de-final da competição.