Em noite de encerramento da 10.ª jornada da Primeira Liga, o Belenenses SAD recebeu e venceu o FC Paços de Ferreira por 1-0. Num Estádio Nacional com as bancadas bastante despidas, o único golo do jogo surgiu aos 87’ pelos pés de Cassierra, jogador que tinha entrado já no decorrer da segunda parte.
Foi sob o fundo verde da mata do Jamor que Belenenses SAD e Paços de Ferreira se encontraram naquela que já vem sendo a casa habitual do emblema azul. Os castores, que há 14 jogos vinham roendo a nau dos homens do leme do Restelo, entravam para este jogo com o objetivo de contrariar o facto de, a par de Aves, Setúbal e Portimonense, serem a equipa com menos vitórias na atual edição da Primeira Liga: apenas uma.
Já os anfitriões, depois do julgamento a que foram sujeitos após a goleada em Guimarães, queriam fugir ao rótulo de arguidos referenciado na conferência de antevisão ao jogo e responder dentro de campo, reverenciando os comandados de Pepa.
Com várias alterações em relação aos encontros do passado fim-de-semana, Belenenses SAD e Paços de Ferreira subiram ao relvado do Estádio Nacional transfigurados. A turma orientada por Pedro Ribeiro, para além da troca de André Moreira por Koffi (que saiu lesionado à passagem da meia-hora), fez regressar André Sousa; Calila deu lugar a Marco Matias. Do lado dos comandados por Pepa, nota para a titularidade de Zé Uilton, um dos mais inconformados no primeiro tempo, e para a indisponibilidade da habitual dupla de centrais por lesão, colmatada com a chamada a jogo de Bruno Santos e Bruno Teles.
Numa primeira parte marcada por muitos duelos físicos e poucas oportunidades, foi a equipa da casa a sair com sinal mais ao intervalo. Licá foi o protagonista maior do desperdício dos azuis, nos quais Varela vestiu a pele de municiador de serviço. Assente num futebol mais tricotado, o Belenenses ia criando alguns lances de perigo por meio de combinações bem gizadas entre os homens do meio-campo e do ataque.
Já o Paços, que teve em Diaby o maior recuperador de bolas, tentava chegar à área contrária preferencialmente através de lançamentos em profundidade. Num lance individual, Zé Uilton quase desfazia o nó do nulo com que as equipas recolheram aos balneários.
O segundo tempo trouxe chuva mas um deserto de ideias no que toca a futebol, com as duas equipas a partirem o jogo e os lances mais perigosos a surgirem ou de bola parada ou em contra-ataque. Sentindo necessidade de mexer com o jogo e trazer algo de diferente à quadra, o Paços mexeu primeiro e fez entrar Douglas Tanque à hora de jogo. Do outro lado, Pedro Ribeiro arriscou e a quinze minutos do fim fez entrar Kikas, tirando o médio Marco Matias.
O Belenenses mostrou-se mais determinado e esclarecido no momento ofensivo, acabando por chegar ao golo a três minutos dos 90’, pelo recém-entrado Cassierra. O avançado dos azuis concluiu um rápido contra-ataque conduzido pela direita e fez rejubilar os poucos adeptos presentes no Estádio Nacional.
Com esta vitória, o Belenenses SAD soma agora 11 pontos e ganha oxigénio na fuga aos lugares de despromoção. O Paços de Ferreira continua em lugares de descida e vai no quarto jogo consecutivo sem vencer.
ONZES INICIAIS E SUBSTITUIÇÕES:
Belenenses SAD – Koffi (André Moreira, 29’), Tomás Varela, Gonçalo Silva, Nuno Coelho, Tomás Ribeiro, Marco Matias (Kikas, 74’), André Sousa, Esgaio, Robinho, Varela e Licá (Cassierra, 85’).
FC Paços de Ferreira – Ricardo Ribeiro, Bruno Santos, André Micael, Bruno Teles, Oleg, Pedrinho, Diaby, Luiz Carlos, Hélder Ferreira, Welthon (Douglas Tanque, 61’) e Zé Uilton (Murilo, 74’).