«Era um sonho chegar à Primeira Divisão com o FC Alverca» – Entrevista BnR com Rafa Castanheira

    Rafael Castanheira é capitão de equipa do FC Alverca, clube que representa desde os 11 anos. O futebolista de 22 anos aceitou o convite do Bola na Rede e, entre outras temáticas, abordou o seu percurso desde a formação até à equipa sénior dos “alverquenses”, falou sobre o momento atual do clube, confessou-nos como foi vivida a eliminação do Sporting CP e deu também a sua opinião sobre o Campeonato de Portugal.

    Bola na Rede (BnR): Estás no FC Alverca desde os 11 anos, ou seja, passaste por diferentes fases do clube. Como é que lidaste com isso?

    Rafa Castanheira (RC): Acho que foi tudo gradual, tal como o crescimento do clube. Se calhar acompanhei o clube em momentos menos bons, principalmente quando se estava a tentar reestruturar, liquidar as suas dívidas e agora numa parte mais de reintegração, de desenvolvimento, de tentar atingir outros patamares. Acho que aconteceu tudo de forma muito normal, que foi tudo muito bem feito pela estrutura e eu tenho que me sentir privilegiado por estar aqui e ter acompanhado todo o processo.

    BnR: O que é que te fez querer começar a jogar futebol?

    RC: Sempre tive o sonho de jogar futebol. Comecei por jogar futsal, na altura na Casa do Benfica de Alverca, porque a minha mãe dizia que não havia tanto contacto como no futebol e que o futebol era mais perigoso por causa dos pitons. Como só tenho um rim ela sempre me quis proteger e adiar ao máximo a minha ida para o futebol, mas a minha paixão e o meu gosto por este desporto era tão grande que foi quase inevitável. A minha vinda para o FC Alverca surgiu do nada. Eu estava na rua a jogar à bola e um vizinho meu viu-me a jogar. Como ele jogava no FC Alverca e achou que eu tinha alguma qualidade disse-me: “Tu tens qualidade. Não queres ir ao FC Alverca fazer uns treinos de captação?” e foi assim que surgiu. Eu vim ao FC Alverca, na altura ao pelado, gostaram de mim e acabei por ficar.

    BnR: Foi a partir daí que nasceu o desejo de voltar a levar o FC Alverca para a Primeira Liga?

    RC: Sim, isso está sempre presente. Eu lembro-me bastante do meu avô falar sobre isto. O meu avô vive muito o clube, sempre viveu. Acho que esse amor e esse carinho pelo FC Alverca me foi passado por ele e mesmo pelas pessoas da terra que vêm aqui ver os jogos e falam sobre o clube, é sempre diferente. E eu ainda mais, sendo de Alverca, claro que tenho de passar essa paixão e esse sentimento pelo clube para os meus colegas.

    BnR: Quando se é jovem, uma das maiores ambições é chegar a um clube grande. Também tiveste esse sonho ou o teu principal objetivo sempre foi levar o FC Alverca de volta para os grandes palcos?

    RC: É normal isso estar presente. Tu enquanto indivíduo queres sempre atingir patamares superiores e dar passos maiores na tua carreira, seja em que clube for, claro que se for num clube que está na Primeira Liga é sempre mais fácil, mas acho que o projeto que o FC Alverca tem é muito bom, é muito ambicioso e, para mim, é gratificante fazer parte deste projeto, porque é o meu clube. É o meu clube de coração, o clube de que gosto, é a minha cidade.

    BnR: És o único da formação, atualmente, nos seniores, sentes que estás a viver um sonho que também era deles?

    RC: Sim, basicamente é partilhado. Tenho muitos colegas meus que também me dizem isso. Incentivam-me a continuar, para viver o sonho que eles já tiveram. Dizem-me que é gratificante ver um rapaz de Alverca nos seniores, a representar a cidade que também é deles dentro de campo.

    BnR: Na altura ainda com idade de júnior, foste chamado pela primeira vez aos Seniores. Como é que foi feita essa transição de juniores para os seniores? Na altura era mais fácil do que é agora?

    RC: A minha foi mais fácil do que o normal, porque a equipa sénior, na altura, estava a passar uma má fase, eu ainda era júnior, e devido a essa má fase, fui sendo chamado, ainda na primeira volta do campeonato de juniores, e depois fiz a segunda volta toda pelos seniores. A minha integração foi mais rápida, mas também devido ao momento pelo qual a equipa passava.

    O palco da estreia de Rafa na equipa sénior
    Guilherme Martins/ Bola na Rede
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