Final da Taça de Portugal – 5 “pequenos” que venceram os “grandes”

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    SC Braga x FC Porto (2015/2016) – Se no texto anterior vimos como foi o “annus horribilis” do Benfica de 2012/2013, vejamos agora como foi o do FC Porto. À medida que as coisas iam correndo mal, o clube trocava de treinador, acabou por ter três: Julen Lopetegui, Rui Barros e José Peseiro. No final da temporada, com Peseiro ao leme, os dragões já tinham perdido o campeonato, as eliminatórias da Taça da Liga, da Liga Europa e da Champions. Restava a Taça de Portugal, onde defrontaria o SC Braga de Paulo Fonseca, à procura de levar a taça para a cidade dos arcebispos, 50 anos depois.

    Começaram melhor os bracarenses; aos 12’, numa bola para as costas da defesa do Porto, Chidozie, Marcano e Helton ficaram a treinar telepatia, em vez de sacudir a bola e Rui Fonte, avançado do Braga, aproveitou esta monumental falta de comunicação do adversário para fazer o primeiro golo da partida. Aos 58’, mais uma distracção inacreditável de Marcano que perdeu a bola onde não devia e permitiu a Josué fazer o segundo para os guerreiros do Minho. No entanto, isto pareceu acordar os do Porto, e dois minutos depois, após um remate de Brahimi que Marafona defendeu como pôde, André Silva na recarga reduziu a diferença no marcador. As tentativas desenfreadas do Porto para ainda conseguir o empate deram fruto, aos 90 minutos.

    Após um canto em que até Helton já atacava, a bola sobrou para Herrera, que ainda conseguiu cruzar para uma bicicleta de, mais uma vez, André Silva, restabelecer o empate no marcador. No prolongamento, só deu Porto; o Braga estacionou um autocarro à frente da baliza e segurou o resultado para as grandes penalidades. Nos penáltis, o Braga contou com um Super Marafona entre os postes, que defendeu os remates de Herrera e de Maxi Pereira. Ficou tudo nos pés de Marcelo Goiano, que com muito sangue frio, bateu Helton e ajudou o Braga a conquistar a Prova-Rainha 50 anos depois e a dar mais um passo, rumo à galeria dos “grandes” do futebol português.

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    Inês Figueiredo Mendanha
    Inês Figueiredo Mendanhahttp://www.bolanarede.pt
    A Maria é uma orgulhosa barqueirense (e por inerência barcelense ) que aprendeu a gostar de futebol antes de saber andar. Embora seja apologista das peladinhas entre amigos, sai-se melhor deixando o que pensa gravado em papel. Benfiquista de coração e Gilista por devoção é sobretudo apaixonada pelo futebol que faz o país parar quando a bola começa a rolar.                                                                                                                                                 A Maria escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.