5 factos desconhecidos sobre o futebol em Portugal

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    Eusébio e o Aproveitamento do Regime – É um facto mais que sabido que o regime do Estado Novo se aproveitou dos portugueses que puseram o nome do país nas bocas do mundo, nomeadamente Amália Rodrigues e Eusébio, dois monumentos nacionais em áreas completamente distintas. No entanto, há um mito que permanece inexplicado até hoje: Salazar impediu que Eusébio saísse do Benfica? As opiniões dividem-se.

    O próprio Pantera Negra deixou a ideia de que em conversa com o ditador, teria ficado com a impressão de que estava proibido de deixar Portugal e o Benfica. Em 1962/1963, o King teria um pré-acordo com a Juventus FC; no entanto, o serviço militar obrigatório, fizeram com que permanecesse no país e no clube. Mais tarde, após ganhar a Bola de Ouro em 1965 e depois do sensacional Mundial de 1966, em que a Selecção Nacional ficou em terceiro lugar e Eusébio ganhou a Bota de Ouro de melhor marcador, com nove golos (não esquecer que Eusébio, embora tivesse nascido em Moçambique, como o país era território ultramarino, os seus cidadãos eram considerados portugueses), o Pantera volta a ser cobiçado por clubes italianos.

    Reza a história que, mais uma vez, Salazar impediu a sua ida para o estrangeiro, mas o seu colega de equipa, António Simões, diz que na verdade, em função da péssima campanha dos italianos no mundial (não passaram da fase de grupos, foram recebidos em casa com tomates e hortaliças), a federação italiana proibiu a entrada de estrangeiros para permitir aos italianos formar uma nova selecção e isso impediu a saída de Eusébio para o estrangeiro. À falta de consensos nesta matéria, concordemos antes no seguinte: Eusébio foi o melhor jogador de sempre do Benfica. Um dos primeiros avançados de classe mundial africano. Um dos melhores jogadores portugueses de todos os tempos. O Pantera Negra merece, ao menos, este consenso.

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    Inês Figueiredo Mendanha
    Inês Figueiredo Mendanhahttp://www.bolanarede.pt
    A Maria é uma orgulhosa barqueirense (e por inerência barcelense ) que aprendeu a gostar de futebol antes de saber andar. Embora seja apologista das peladinhas entre amigos, sai-se melhor deixando o que pensa gravado em papel. Benfiquista de coração e Gilista por devoção é sobretudo apaixonada pelo futebol que faz o país parar quando a bola começa a rolar.                                                                                                                                                 A Maria escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.