A nova vida de Fábio Coentrão: análise individual e tática

    Novas funções com José Gomes

    No dia 31 de agosto era anunciado o regresso de Fábio Coentrão a Vila do Conde. Dispensado por Julen Lopetegui do Real Madrid CF e descartado pelo Sporting CP, Fábio decidiu voltar ao seu clube de berço. Eram muitos os céticos que o definiam como acabado e sem soluções, mas, a verdade, é que o internacional português tem dado uma ‘chapada de luva branca’ aos críticos.

    Disponível há apenas dois jogos, Coentrão saltou de imediato para o onze inicial, somando 65 minutos contra o Boavista FC e 82 contra o SC Braga. Em ambos os jogos, Coentrão foi utilizado como extremo direito, com funções e movimentações muito peculiares, que o têm permitido brilhar através da sua classe e talento, sobretudo contra o SC Braga, onde já deu outra resposta a nível físico.

    Jogando pela direita raramente veremos Coentrão a ganhar a linha através do seu drible e velocidade e sacar um dos seus cruzamentos como faz pela esquerda, porque, como todos sabemos, o seu pé direito é totalmente ‘cego’. Portanto, a sua função no Rio Ave CF de José Gomes é totalmente diferente.

    Aos 30 anos, Coentrão experimenta uma nova posição e função sob a batuta de José Gomes
    Fonte: Rio Ave

    Sempre a pisar terrenos interiores, Coentrão joga próximo do ponta de lança e de Diego Lopes, procurando futebol apoiado, através de combinações e tabelas, permitindo a Eliseu Nadjack ter a linha para atacar a profundidade à sua vontade.

    Foi recorrente, sobretudo com o SC Braga, e é exemplo o lance do golo de Gelson Dala, a procura de zonas interiores de Coentrão, criando superioridade no miolo e permitindo à equipa vila condense apanhar a equipa de Abel Ferreira várias vezes ‘com as calças na mão’. Na segunda parte, com o desgaste físico de Coentrão, foi-se diluindo este efeito e o desequilíbrio no corredor central começou a ser corrigido pelo SC Braga.

    De cabeça levantada, com a pedalada de anos e anos de experiência ao mais alto nível (não esquecer, que Coentrão tem no CV duas ligas dos Campeões, dois campeonatos Mundiais, duas Ligas Espanholas e uma Liga Portuguesa), o internacional português vai ser uma das figuras da Liga, jornada após jornada, e, se o impacto de Coentrão já é este e nem pré época fez, imaginemos a influência e o rendimento que ele terá daqui a um ou dois meses.

    Foto de Capa: Liga Portugal

    Artigo revisto por: Rita Asseiceiro

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    Ruben Brêa Marques
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    O Rúben é um verdadeiro apaixonado pelo futebol, sem preferência clubística. Adepto do futebol, admira qualquer estratégia ou modelo de jogo. Seja o tiki taka ou o catenaccio, importante é desfrutar e descodificar os momentos do jogo e as ideias dos técnicos. Para ele, futebol é paixão, trabalho, competência, luta, talento, eficácia, etc. Tudo é possível, não existem justos vencedores ou injustos perdedores, e é isto que torna o futebol um desporto tão bonito.                                                                                                                                                 O Rúben escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.