Compras de última hora – O que falta a cada um dos 18

    Boavista FC – defesa esquerdo e central. Mais uma vez, um defesa central. Parece repetição, mas a verdade é que as equipas deste nível, do meio da tabela e com aspirações europeias, precisam mesmo de contar com “patrões” experientes e de qualidade, como acontece com o SC Braga e o CD Tondela. Só o facto de ter uma voz de comando mais experimentada naquela zona vai trazer outra segurança e confiança nos momentos decisivos de cada partida, traduzindo-se em pontos. Além disso, os axadrezados deviam encontrar um lateral esquerdo promissor que pudesse rivalizar e crescer com João Talocha. No meio campo está a zona mais populosa, mas também desconhecida, do plantel de Jorge Simão. Se por um lado nomes como Fábio Espinho, Idris, David Simão e Rochinha não precisam de dar provas, outros nomes mais recentes como Obiora e Rafael Costa, constituem incógnitas para o espectador comum. O ataque foi muito e bem reforçado, pelo que não deverá haver problemas com a produção ofensiva das panteras negras. Nele constam reforços como Matheus Índio e André Claro (ex-GD Estoril Praia), Rafa Lopes (ex-AS Omonia), Federico Falcone (ex-CD Aves) ou Idé Coulibali (ex-CD Cinfães, regresso de empréstimo) e as permanências de Matheus e Yusupha Njie.

    O Boavista FC parece não ter encontrado ainda o substituto ideal de Rossi
    Fonte: Boavista FC

    Vitória SC – ninguém. Este será, provavelmente, o plantel mais equilibrado e completo do novo campeonato. Pelo menos à partida e à primeira vista, a opinião poderá mudar, evidentemente, com o decorrer do mesmo. Cada posição apresenta uma excelente escolha e um suplente de grande valor. Salta à vista o facto de parecer representar uma reunião de jogadores outrora rotulados de craques e agora à procura de uma boa época de afirmação. Aqui contam-se nomes como Osório, Rafa Soares, André André e João Carlos Teixeira (ex-FC Porto), Dodô (ex-FC Shakhtar Donetsk), Davidson (ex-GD Chaves) e Ola John (ex-SL Benfica), entre muitos outros. No entanto, o maior desafio reside em articular tantos potenciais jogadores com aqueles mais experientes e conseguir extrair deste conjunto de atletas uma verdadeira equipa.

    Portimonense SC – lateral esquerdo e ponta de lança. Os algarvios trocaram de treinador e, à sua semelhança, também alguns atletas deixaram o clube de Portimão. Tais saídas ainda não foram totalmente reestabelecidas. Por exemplo, o lado esquerdo da defensiva conta apenas com Guilherme Lazaroni, recém-chegado do Figueirense FC, e o meio campo parece curto de opções. No entanto, conta com uma figura que poderá ser uma das revelações do campeonato; trata-se de Rafael Barbosa, médio emprestado pelo Sporting CP. O ataque conta ainda com Shoya Nakajima, Manafá e Tabata, das figuras mais importantes da campanha passada, mas perdeu, entre outros, Pires e Fabrício. Torna-se, portanto, imperativa a contratação de uma ou mais opções para o ataque da equipa de António Folha.

    CD Tondela – ninguém. Os auriverdes parecem prontos para uma época sem grandes sobressaltos. O trabalho de Pepa tem vindo a revelar-se uma agradável surpresa e é cada vez mais uma surpresa. No entanto, a “pressão” este ano é maior, já que conta com um plantel mais equilibrado e com potencial, ao contrário da malha de retalhos de outros anos. A baliza está entregue a um dos melhores guarda redes portugueses da atualidade. A defesa é relativamente jovem, mas em harmonia com certas peças de experiência e elevada qualidade. No meio campo, bastante reforçado, nota-se a ausência de Pedro Nuno, um elemento importante, mas prontamente rendido por Sergio Peña (jovem emprestado pelo Granada CF), que poderá ser uma das surpresas do campeonato. O ataque recebe dois reforços encarnados, Murillo e Arango, para compensar as saídas de Tyller Boyd e Murilo.

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    Diogo Pires Gonçalves
    Diogo Pires Gonçalveshttp://www.bolanarede.pt
    O Diogo ama futebol. Desde criança que se interessa por este mundo e ouve as clássicas reclamações de mãe: «Até parece que o futebol te alimenta!». Já chegou atrasado a todo o lado mas nunca a um treino. O seu interesse prolonga-se até ao ténis mas é o FC Porto que prende toda a sua atenção. Adepto incondicional, crítico quando necessário mas sempre lado a lado.                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.