– A hipótese “Juventus” e o Galatasaray –
«Depois de ser campeão, tive uma oferta da Juventus,
cheguei a reunir e a assinar».
BnR: Em 2008 segues para a Turquia, onde representas o Galatarasay. No entanto, antes ainda houve a possibilidade de representar a Juventus…
FM: Depois de ser campeão, tive uma oferta da Juventus, cheguei a reunir e a assinar com o clube em Turim. O Estugarda já tinha acordo por 10 milhões de euros, mas quando lá cheguei e assinei contrato, o Estugarda voltou atrás e pediu 15 milhões. A Juventus abortou o negócio e acabou por ir para lá o Jorge Andrade.
BnR: Como reagiste a tudo isto?
FM: Quando cheguei a Estugarda, falei com o presidente e fiquei desanimado porque era a altura certa para eu ir para um clube maior e disse que não foi justo. O presidente pediu muito para ficar. Disse “fica, fica. Por favor fica porque vamos jogar a Liga dos Campeões. É o último ano e eu prometo que sais no final da época”. E eu fiquei. Mas no final da época, voltou a acontecer o mesmo e o presidente voltou a não me querer deixar sair. Percebo a parte dele, mas ele também tinha de perceber a minha: já eram sete épocas e eu tinha de seguir a minha vida porque estava a precisar de novos desafios e eu já não ganhava mais no Estugarda. Depois surgiu o Galatasaray…
BnR: Foi uma experiência marcante, apesar de a época não ter corrido de feição em termos coletivos?
FM: Eles já tinham estado em Estugarda em dezembro de 2007 para me contratar. Eu gostava dessa ideia porque era um grande clube e eu sempre apreciei a cidade de Istambul. O Galasararay sempre foi um clube que gostei e achava que era uma boa opção para mim. Começámos bem… Ganhámos a Supertaça Turca, mas depois, no campeonato, comparativamente com o Besiktas e o Fenerbahce, não tínhamos, nem de perto, nem de longe, a mesma qualidade e acabámos por não ser campeões, sendo que eu saí em fevereiro para o Zenit.
BnR: Os adeptos são completamente diferentes?
FM: São completamente fanáticos. Lembro-me de um jogo da Liga dos Campeões frente ao Panathinaikos. Há uma rivalidade enorme entre turcos e gregos e foi incrível o ambiente vivido nas bancadas. Mesmo os jogos frente ao Besiktas ou Fenerbahce são ambientes de cortar à faca e não conseguimos sequer falar dentro de campo. Mas nós trabalhamos para jogar em ambientes desses e são esses momentos que nos marcam. A mim marcaram-me imenso. Istambul foi uma cidade que eu amei.