Mágico Braga. Até ao último Guerreiro

    Um grande golo de levantar o estádio por parte de André Silva deu o empate ao Porto, deixando estupefacta toda a curva bracarense. Foi um balde de água fria… Gelada, diga-se… Mas, «essa curva que por ti não parou de saltar» deu–te o alento para continuar a lutar. Guerreiro que és, Guerreiro serás! O Braga é nosso! E soubeste resistir por todos nós! Até ao último Homem fomos Guerreiros. Marafona com um «paradão» em bom calão deixou a curva aos saltos e a bola para Goiano facturar.

    Marafona foi um dos heróis da final da Taça Fonte: SC Braga
    Marafona foi um dos heróis da final da Taça
    Fonte: SC Braga

    Neste momento, as probabilidades deixavam o Braga mais perto da taça. Mas a desilusão do ano passado deixou marcas e ninguém queria festejar antes do fim. Ouvia-se sempre alguém em tom nervoso e bem baixinho… «Marca!! Por favor marca!» Estou certo de que não era só no Jamor. Em todo o lado se juntavam as mãos à cara e se pedia para que Marcelo Goiano pusesse a rede a sambar. A crença foi tanta que aconteceu. Explosão de alegria que nunca vi. Sinto-me um privilegiado por ter presenciado este momento. Por ter vivido este dia com a maior alegria do mundo. E por «chorar que nem uma Madalena no final» entre todos os braguistas.

    Depois de Marcelo Goiano entregar o golo, Marcelo Braguista entregou a Taça. Dia de festa e viva o Braga!

    Quero ainda deixar uma confissão e um ponto saboroso… No que toca à confissão, no final dos 90 minutos olhei para todo o lado bracarense e senti alguma ansiedade para o que se avizinhava. A verdade é que durante essa meia hora seguinte o sofrimento foi demasiado e não estava para qualquer um. O Porto corria galvanizado e o Braga sentia a pressão. Quando tudo parecia correr mal, eis que chega o momento do jogo. Um bando de andorinhas sobrevoa a curva braguista. Se deu ou não sorte, nunca saberei. Mas o alento que as gargantas roucas sentiram naquela parte final levou a que bebessem um chazinho de cebola para repor o tom. Força, Braga! Um momento bastante caricato quando se trata de um jogo de futebol. Mas a verdade é que estavam lá. A sorte esteve também do nosso lado. Desta vez merecíamos.

    Relativamente ao ponto saboroso, esse, é relativo à forma como ganhámos. Com todo o respeito pelo adversário que também está de parabéns (nem queria até colocá-lo neste aspecto mas a verdade é que obrigatoriamente não pode ser excluído); falo para os bracarenses e o Braga que entenderão o que digo: resistimos até ao fim e desta vez tivemos o desfecho desejado. Soube muito bem.

    Sonhámos tanto com o resultado que há muito esperávamos e acreditámos até ao fim. Um Guerreiro não desarma. Foram incansáveis dentro do relvado – aquela curva que por ti saltou e não parou – em casa, a acompanhar na televisão ou no rádio a ouvir, em partes do mundo em que o Braga já tem o seu nome, em todo o lado mostraste o coração que te move. Esse teu coração Guerreiro. A Taça é nossa! Campeões!

    Foto de capa: SC Braga

    Texto revisto por: Bárbara Mota

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    Pedro Nuno Sousa
    Pedro Nuno Sousahttp://www.bolanarede.pt
    O Pedro tem 22 anos, é arqueólogo de formação e jornalista desportivo por inspiração. Teve oportunidade de praticar vários desportos, o que proporcionou esta paixão. Frequenta o mestrado em História e é minhoto. Gosta muito dos seus amigos e por isso tenta preservá-los. Também gosta de teatro e é ator amador. Frequentou formações no 'Cenjor' e no 'Palavras Ditas' porque gosta de enriquecer a vida profissional. Um dia espera ser relator de futebol.                                                                                                                                                 O Pedro não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.