Willian impressiona-me! Não demasiado alto, é capaz de proteger a bola dos adversários usando o seu porte físico impressionante, capaz de rodar e de ter a força e a destreza para colocar o seu remate, capaz de tabelar com os médios da sua equipa, movimentando-se de forma inteligente tanto na grande área como nas proximidades da mesma. Willian é daqueles jogadores facilmente identificável, até mesmo na molhada de uma bola parada. Para além de identificarmos a sua presença, também a bola o identifica não poucas vezes.
O avançado surge não poucas vezes no sítio certo. Alvo de marcações apertadas, vimos, por exemplo, no último jogo com o Tondela um duelo acesso com Ricardo Costa (que quase tudo sabe no que se refere a estas lutas que vão muitas vezes para além do razoável). Com um Chaves procurando desesperadamente chegar à vantagem, com um Tondela reduzido a 9 elementos, aqueles últimos 25/30 minutos foram uma constante “briga”. Acreditei que o avançado do Chaves acabasse por ir no “engodo” do defesa internacional português, e ver um segundo amarelo que o condenaria à expulsão. Mas não! Capaz de aguentar a marcação física e mental, foi suficientemente adulto para não prejudicar a sua própria equipa. Não conseguiu alvejar com sucesso e pela segunda vez as redes do adversário, mas vimo-lo num constante duelo físico que às vezes dói só de ver.
Os tanques são sinónimo de poder de fogo, ação de choque, protecção e mobilidade. Pois estes dois “meninos” são isso mesmo. E não me parece que fiquem somente nesta guerra da manutenção. Parece-me que a guerra deles será outra, e mais cedo ou mais tarde estarão em grupos de combate onde a “guerra” será ainda mais cerrada, intensa e feroz. Sobretudo Willian…
Foto de Capa: Fonte: CF “Os Belenenses”