O fenómeno Miguel Cardoso

    Voltando a Miguel Cardoso, é necessário explicar que, apesar de ser a sua primeira experiência como treinador principal, Miguel Cardoso traz consigo bastante aprendizagem conseguida ao longo da sua carreira, como adjunto de Domingos Paciência na Académica, Braga, Sporting e Deportivo La Coruña; enriquecendo posteriormente os seus conhecimentos partindo numa aventura sozinho para o Shakhtar Donetsk como Coordenador Técnico.

    Por obra do destino, o seu tempo na Ucrânia haveria de coincidir com a presença do treinador português, Paulo Fonseca, que iria promovê-lo novamente a treinador-adjunto.

    Miguel Cardoso é por isso uma pessoa muito experiente e com muito contacto com a realidade futebolística de dois consagrados treinadores portugueses, Domingos Paciência e Paulo Fonseca.

    Estava por isso na altura de voltar a arriscar numa aventura sozinho e desta vez para um projecto desportivo atraente como é o Rio Ave. Uma aposta arriscada, diriam alguns, mas dentro daquilo que os vila-condenses haviam feito com Nuno Espírito Santo e que resultou perfeitamente, a aposta do Rio Ave parece (mais uma vez) estar a dar resultados e não poderia haver melhor início: dois jogos, duas vitórias.

    Miguel Cardoso teve um excelente início nesta sua nova aventura no Rio Ave Fonte: Rio Ave FC
    Miguel Cardoso teve um excelente início nesta sua nova aventura no Rio Ave
    Fonte: Rio Ave FC

    Cardoso conta no seu plantel com jogadores experientes como Cássio e Tarantini, aliados a excelentes aquisições como Pelé e Karamanos e alguma juventude proveniente de promessas como Yuri Ribeiro e Nuno Santos, construindo assim um plantel bastante interessante.

    O estilo de jogo que Miguel Cardoso parece querer implementar neste Rio Ave não deixa dúvidas: a aposta no mesmo onze nas duas primeiras jornadas é indicadora de que está satisfeito com a resposta da sua equipa e pretende manter este estilo, pelo que será de esperar o mesmo onze para o próximo jogo frente ao Portimonense.

    Um estilo de jogo suportado num 4x2x3x1 que exige uma enorme disponibilidade física dos seus laterais, e criatividade dos homens de meio-campo na ajuda ao seu ponta de lança. Um estilo de jogo, por isso, positivo e que ao que tudo indica trará excelentes resultados ao clube nesta temporada; seja pelo excelente plantel que o Rio Ave construiu para a ideia de jogo que o treinador pretende implementar ou pela pela excelente estabilidade que este clube adquiriu nos últimos anos.

    O treinador parece ter definitivamente acrescentado algo mais ao Rio Ave, após os excelentes trabalhos de Nuno Espírito Santo, Pedro Martins e Luís Castro. Aguardaremos pelo desenrolar da época, mas o inicio é bastante prometedor.

     

    Foto de Capa: Rio Ave FC

    artigo revisto por: Ana Ferreira

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    Rui Pedro Cipriano
    Rui Pedro Ciprianohttp://www.bolanarede.pt
    Nascido e criado no interior, na Covilhã, é estudante de Ciências da Comunicação, na Universidade da Beira Interior. É apaixonado pelo futebol, principalmente pelas ligas mais desconhecidas, onde ainda perdura a sua essência e paixão.                                                                                                                                                 O Rui escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.