1.
Stephen Eustáquio (FC Paços de Ferreira) – A melhor prenda de Natal que o futebol me deu foi o regresso de Eustáquio ao desporto-rei nacional, no Natal passado. Depois de uma época em que me encheu as medidas no GD Chaves, a sua saída para os mexicanos do CDSC Cruz Azul deixou-me de coração partido, ainda para mais quando uma lesão gravíssima o atirou para fora dos relvados. Voltar ao futebol português foi mais um passo em frente na caminhada que tem tudo para ser vitoriosa deste talentoso médio internacional A canadiano.
Formado na UD Leiria e no GD Nazarenos, o jovem médio destacou-se no SCU Torreense e Leixões SC, dando o salto para o GD Chaves, onde encantou o mundo do futebol nacional, fazendo parte da célebre equipa flaviense que terminou o campeonato num extraordinário sexto lugar. Nessa primeira época em Chaves, completou 13 jogos e marcou um golo. Na segunda, onde já era aposta definitiva e um valor certo do nosso campeonato, somou 22 jogos, apontou um golo e comandava as operações do meio-campo dos trasmontanos quando saiu para o México, numa altura em que a sua qualidade já o levava a ser apontado ao Sporting CP.
Depois da malfadada aventura mexicana, o médio que tem dupla nacionalidade, português e canadiano, regressou a Portugal para defender as cores do Paços de Ferreira, onde foi essencial para a equipa assegurar a manutenção. Eustáquio assentou que nem uma luva ao meio-campo pacense, onde se assumiu como a figura do meio-campo, por onde passava todo o jogo dos castores, e a quem competia gerir e temporizar o futebol. Com uma precisão de passe a régua e esquadro, quer seja a curta ou longa distância, sempre de cabeça levantada e com uma criatividade que pressagia voos muito mais altos, o médio dos castores voltou a pegar na batuta para fazer uma orquestra funcionar. Tem vindo a aperfeiçoar a leitura de jogo, a transição defensiva e a cimentar o seu lugar no futebol português. Espero poder vê-lo a voltar a brilhar, durante esta temporada. Só tenho pena que já não possa jogar por Portugal…