Ranking português na UEFA: Porque não estabilizamos?

    O rescaldo final da fase de grupos é uma clara demonstração daquilo que eu digo, as três representantes portuguesas não conseguem passar de grupo, ficando o Estoril em último do seu grupo com três ponto, o Vitória de Guimarães em terceiro do grupo com cinco pontos e por fim o Paços de Ferreira em terceiro do seu grupo também com três pontos, nenhuma delas passou o grupo ficando Portugal desde logo reduzido a duas equipas, Benfica e Porto.

    Já no caso russo, as suas três representantes na Liga Europa, duas passaram o seu grupo, Rubin Kazan e o FK Anzhi, deixando a Rússia com três equipas (FK Anzhi e Rubin Kazan na Liga Europa e Zenit na Liga dos Campeões) nas fases seguintes em cinco equipas possíveis, enquanto Portugal em seis possíveis apenas duas chegaram às fases seguintes.

    Peguei no exemplo desta época, mas poderia pegar em quase todas para demonstrar que a Rússia apesar de ter andando todas as épocas com menos uma equipa que Portugal conseguia ter mais representantes nas fases a eliminar do que Portugal consegue, desde logo porque teoricamente Portugal parte sempre com menos uma equipa, porque nunca conseguiu que as seis se qualificassem o que nos cálculos matemáticos para o ranking da UEFA é muito mau.

    O Marítimo foi está época a “tradicional” sexta equipa que nunca chega à fase de grupos   Fonte: UEFA
    O Marítimo foi está época a “tradicional” sexta equipa que nunca chega à fase de grupos
    Fonte: UEFA

    Infelizmente a conclusão a que se chega é de que o pouco investimento e as fragilidades corporativas das equipas médias portuguesas são o grande culpado desta queda acentuada da Liga Portuguesa no ranking da UEFA, é um reflexo da nossa própria Liga. Numa Liga monopolizada pelos três grandes será muito difícil conseguir competir com a Rússia que consegue reunir um bom conjunto de equipas com qualidade suficiente para as competições europeias. Se queremos recuperar terreno no ranking e voltar a ter três equipas na Liga dos Campeões temos que primeiro olhar cá para dentro e pensar na maneira como podemos fortalecer as equipas médias portuguesas, porque é aqui que se está a fazer a diferença entre nós e a Rússia.

    A redução de seis equipas europeias para cinco já é uma inevitabilidade, e por isso a partir da próxima época, um dos três grandes ficará forçosamente fora da Liga dos Campeões. Esperemos por melhores dias porque a nossa liga , apesar de tudo, merece definitivamente ficar á frente da Liga Russa por todo o talento que transporta para a Liga dos Campeões e pelo trabalho a nível de scouting que é feito pelas nossas equipas que não tem comparação com a liga russa que , na minha opinião, faz mal do uso do poderio financeiro que têm.

    Foto de Capa: UEFA

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    Rui Pedro Cipriano
    Rui Pedro Ciprianohttp://www.bolanarede.pt
    Nascido e criado no interior, na Covilhã, é estudante de Ciências da Comunicação, na Universidade da Beira Interior. É apaixonado pelo futebol, principalmente pelas ligas mais desconhecidas, onde ainda perdura a sua essência e paixão.                                                                                                                                                 O Rui escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.