«O Vitória SC, com maior capacidade financeira, estaria ao nível dos três grandes» – Entrevista BnR com Carlos Fangueiro

    – Dos empréstimos sucessivos à afirmação em Guimarães –

    BnR: Foste contratado pelo Vitória em 1997, mas estiveste, até 2001, emprestado ao Maia e ao Gil Vicente. A que se deveram esses empréstimos?

    CF: Quando cheguei ao Vitória era muito jovem, tinha acabado de fazer 19 anos apesar de já ter três épocas de sénior no Leixões onde marquei golos e dei nas vistas (risos). O primeiro ano de Vitória até correu bem porque encontrei um treinador que encaixava bem comigo (Jaime Pacheco). Mesmo sendo mais limitado tecnicamente que outros jogadores, a minha raça, querer e espírito de sacrifício fizeram com que o treinador acreditasse em mim e me segurasse no primeiro ano. Nessa mesma época fiz 19 jogos na Primeira Liga, uns a titular e outros como suplente utilizado. Entretanto o Jaime foi mandado embora dado que a qualidade de jogo não era aquela que as pessoas idealizavam. Com a chegada do Zoran Filipovic, que não me conhecia muito bem, acabei por sair emprestado ao Maia. Um Maia com jogadores de referência, emprestados do Vitória, Boavista, mas que não teve grande sucesso nesse ano. Ainda assim, fiz dois grandes jogos contra o Gil Vicente, treinado pelo Álvaro Magalhães, e pediram-me para integrar a equipa. No ano a seguir fui para o Gil Vicente e fiz a melhor carreira até então.

    BnR: Mas em 2001 voltaste ao Vitória e conseguiste afirmar-te como figura do clube minhoto.

    CF: Exatamente. Fiz um grande ano. Se não me engano, entre jogos de Taça e de Campeonato, fiz 12 golos, oito assistências e decidi muitos jogos.

    BnR: Achas que foi o teu melhor ano de sempre?

    CF: Sim, penso que sim.

    BnR: Sentes que ainda hoje és considerado pelos adeptos do Vitória como uma grande figura do clube?

    CF: Sim, não há um ano que não vá a Guimarães. Gosto muito do clube, da cidade, das pessoas. As pessoas falam-me, abordam-me e eu gosto de estar com elas. É um sinal super positivo daquilo que fiz no passado.

    Fonte: Facebook Carlos Fangueiro

    BnR: Depois, em 2004, despediste-te de Guimarães.

    CF: Saí de Guimarães para o União de Leiria. Esse último ano no Vitória não foi bem conseguido, desde a saída de toda a direção até às inúmeras lesões que tive ao longo da época. O novo presidente queria renovar comigo, mas eu sabia das contratações que estavam a ser feitas e fiquei um bocado sentido, admito. Eu já não era dos jogadores mais bem pagos e sabia dos contratos que estavam a ser feitos e levei aquilo a mal. Como o Leiria estava interessado em mim, acabei por ir para lá.

    BnR: E no Leiria fazes 36 jogos.

    CF: Fiz, exatamente. Um ano coletivamente bom, individualmente não foi mau. Alcançamos a final da Taça Intertoto onde perdemos 1-0 com o Lille aos 85 minutos e acabamos a época em 6º lugar. No final da época surge a hipótese de ir para Inglaterra.

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    Renato Gouveia Dias
    Renato Gouveia Diashttp://www.bolanarede.pt
    Apaixonado pelo futebol e pela tática. O Renato é licenciado em Comunicação e Jornalismo, mas tem o sonho de se tornar treinador de futebol. Gosta de um bom fim de semana cheio de futebol e de acompanhar o mercado de transferências ao minuto.                                                                                                                                                 O Renato escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.