O Futebol de Raízes: Humanidade, Magia e um Futuro mais Belo

    E mais umas notas soltas:

    Como notas finais penso que em Portugal é fundamental promover a prática do futebol, do futsal, do futebol de praia e de todos os desportos em geral. Temos de criar uma dada cultura desportiva e de formação que ainda não possuímos. Temos de fazer uma revolução cultural nesse sentido. Portugal necessita de ter mais practicantes pois em relação a outros países continuamos a estar muito atrás em termos de qualidade e sobretudo de quantidade. É também importante promover a prática de futebol feminino e quebrar as barreiras sexistas que continua a prejudicar as nossas atletas e também as possíveis atletas. Meus caros e minhas caras, o futebol é de todos e é para todos, e temos de saber promover o mesmo, de saber fazer melhor e rejeitar a ideia de monopólio desportivo. Sim, os nossos jovens de qualquer género e idade podem practicar mais do que futebol, inclusive isso deveria ser incentivado. Em Portugal é fundamental mudar a forma como vivemos o desporto e com isso temos de ser capazes de atrair mais gente para o contexto desportivo. Com essa mudança há que ser capaz de capturar mais atletas, ter mais gente envolvida e passar uma imagem positiva e digna enquanto se vai evitando guerras e conflitos que jamais deveriam ter lugar nos contextos de formação.

    O desporto escolar tem de ser um passo importante para a formação de novos futebolistas. Os jovens deveriam ser incentivados a practicar futebol nas escolas, especialmente aqueles que não conseguem por alguma razão fazer parte dos quadros de clubes ou escolas de futebol. Esses practicante têm de contar e ser importantes, há que reforçar a competição no desporto escolar e há que encarar o futebol nesse contexto como futebol de formação, como algo pedagógico não como um passatempo onde se vai “dar uns pontapés na bola”.

    E para isso sugiro uma aproximação como aquela que sugeri anteriormente onde seria importante voltar às raízes (grassroots no inglês) e à liberdade e “magia” das ruas. Isto sobretudo para as crianças dos três as onze anos de idade. Em idades mais tardias poderiam de facto ser criados contextos de aprendizagem e competição muito importantes sobretudo para o futsal. Esta aproximação poderia portanto ser útil ao nosso sistema pois não só desenvolvemos mais practicantes em ambos os géneros, criam-se mais bases para que existam mais pessoas envolvidas no fenómeno, mas também os clubes poderiam posteriormente recrutar alguns jovens a partir desse contexto escolar – caso existam capacidades e condições organizacionais para tal.

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    Gonçalo Borges
    Gonçalo Borgeshttp://www.bolanarede.pt
    Treinador de Futebol, Sociólogo e professor assistente na University of Wisconsin-Milwaukee, Gonçalo é também adepto do SL Benfica e amante das paixões do futebol.                                                                                                                                                 O Gonçalo não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.