Bom jogo, em perspetiva, nos Açores, entre duas das boas equipas da segunda divisão portuguesa, ajudadas por virem de bons momentos competitivos.
O Santa Clara marcou por Batatinha, aos 5 minutos, após entrada pelo lado esquerdo do brasileiro, que passou o guarda redes e encostou para a baliza deserta . Golo a coroar o que viria a ser uma boa entrada dos encarnados, claramente mais objetivos com a bola nos pés, enquanto o Covilhã apostava mais na velocidade.
Aos 20 minutos, Vítor Ferreira tomou uma decisão no mínimo caricata – assinalou fora de jogo quando o bandeirinha assinalava canto e o banco e jogadores do Santa Clara pediam grande penalidade por mão na bola. O canto era o acertado, pelo menos do sítio onde estava pareceu bola à mão e não o contrário.
O Covilhã começou a trocar melhor a bola e a ser mais perigoso em campo a partir dos 15 minutos, começando a criar vários lances de perigo mas a falhar sempre na altura do remate. Aos 29 minutos, parece ficar por marcar uma grande penalidade a favor dos serranos.
O critério largo do árbitro, a partir do lance dos 20 minutos, começou a dar mais problemas do que frutos ao jogo, o que foi prejudicando o seu trabalho, tomando várias decisões erradas, com destaque para a tal falta aos 29 minutos. A gestão de jogo tem de ser muito trabalhada pelo homem de Braga.
Aos 36 minutos, Rúben Saldanha, isolado por Clemente, adianta muito a bola e permite que Igor Rodrigues a recolha sem dificuldades. O próprio Clemente aos 41, de cabeça, quase aumenta a vantagem dos açorianos.
O 1-0 ao intervalo ajusta-se ao jogo, mas não escandalizaria o empate a uma bola em São Miguel.
Medarious, que entrou ao intervalo na equipa do Sporting da Covilhã, marcou aos 55 minutos o golo da igualdade. Canto para os serranos, Serginho afasta, mas o número 14 verde e branco ganha a bola e remata para o fundo das redes açorianas.
O golo foi contra o que estava a ser a segunda parte, com o Santa Clara a criar mais perigo até aí mas, no pós golo os açorianos continuaram com mais bola, embora a criar menos perigo, existindo de parte a parte poucos lances que se possam considerar perigosos. A grande excepção deu-se aos 86 minutos, quando o árbitro anulou um golo ao Santa Clara, por falta de Clemente sobre o guarda redes, Igor Rodrigues – da bancada de imprensa não parece existir nada.
Empate justo nos Açores mas, a existir vencedor teria de ser a equipa da casa, que embora não tenha criado muitos mais lances de perigo do que os serranos criaram, pareceu sempre procurar mais a vitória.