GD Estoril Praia 5-1 GD Cova da Piedade: Mais valia não terem jogado

    A CRÓNICA: DOMÍNIO TOTAL DO ESTORIL COM FALTA DE COMPARÊNCIA DO GD COVA DA PIEDADE NA SEGUNDA-PARTE

    O Estádio António Coimbra da Mota recebeu o duelo, em atraso, entre GD Estoril Praia e GD Cova da Piedade. Os momentos que antecederam o jogo ficaram marcados por algum nevoeiro, mas o tempo contribuiu e permitiu que estivessem reunidas as condições para o jogo. A equipa do Estoril entrou melhor e chegou logo à vantagem na primeira oportunidade. Zé Valente conduziu pelo meio campo e disparou um remate forte que Cléber defende para o poste. Aziz, no limite do fora de jogo, encosta. 1-0 para o Estoril.

    Aos 23 minutos, Vidigal ganha espaço no overlap. Consegue tirar da frente o central do Cova da Piedade, mas, no momento de finalização, remata por cima. Grande oportunidade para o Estoril. A maior – e única – oportunidade do Cova da Piedade, na primeira parte, nasceu numa perda de bola de Crespo na primeira fase de construção. João Vieira isolou João Patrão que obrigou Dani Figueira a desviar o seu remate para o poste. Grande defesa do guardião estorilista.

    O Estoril chegaria ao segundo golo numa excelente jogada de envolvimento. Crespo coloca Aziz numa boa posição dentro da área. Com grande habilidade, o avançado ganês senta Bruno Bernardo e não vacila na cara de Cléber. Grande golo do GD Estoril Praia, 2-0 para a equipa de Bruno Pinheiro.

    A primeira parte foi praticamente toda dominada pelo GD Estoril Praia. O GD Cova da Piedade tentou e até conseguiu sair com algum perigo, mas pecou sempre nos momentos de definição. Resultado justo ao intervalo.

    Na segunda parte, o Estoril voltou a entrar melhor. Numa recuperação de bola, aos 48 minutos, Soria ganha espaço e progride com bola. Chiquinho faz uma boa diagonal e recebe a bola do lateral espanhol. Chiquinho tira da frente o desinspirado Bruno Bernardo, mas não consegue bater Cléber. O terceiro golo do Estoril surgiu ao minuto 54. Lance individual de Vidigal à entrada da área. O remate do jogador angolano desvia em João Meira e não dá hipótese a Cléber.

    Logo aos 60 minutos, surgiu o quarto golo do Estoril. Canto à esquerda. Toque em habilidade de Vidigal para Chiquinho, que é derrubado por Gonçalo Maria. Penalty para o Estoril. Azizi assumiu o castigo máximo. Bola para um lado guarda redes para o outro. Hat Trick do avançado ganês.

    O Cova da Piedade ainda marcou um tento de honra, já numa fase do jogo sem grande interesse. Os 88 minutos, na sequência de um canto, João Vieira marcou com uma boa cabeçada. Um golo contra a corrente do jogo. A vantagem ainda ficou mais avolumada, quando André Clovis finalizou o cruzamento de Chiquinho. 5-1 para o Estoril.

    Jogo tranquilo para o Estoril, que enfrentou, hoje, um GD Cova da Piedade muitíssimo debilitado fisicamente.

    A FIGURA

    Yakubu Aziz – Grande, grande exibição do avançado ganês. Um hat trick e mais uma exibição de grande esforço. Um dos melhores jogadores da segunda liga. Tem qualidade para sonhar mais alto.

    O FORA DE JOGO

    Fonte: CD Cova da Piedade

    Bruno Bernardo – Jogo muito infeliz do central do Cova da Piedade. Fica ligado a muitos erros individuais e foi ultrapassado com muita facilidade. Jogo para esquecer.

    ANÁLISE TÁTICA – GD ESTORIL-PRAIA

    Bruno Pinheiro alinhou a sua equipa no, já habitual, esquema híbrido entre o 4-3-3 e o 4-4-2. Vidigal alternava entre a posição de Ponta de Lança, ao lado da figura mais central Aziz, e uma das alas. Normalmente à esquerda, Chiquinho dava largura na ala contrária, enquanto Zé Valente baixava para junto do outro médio centro, Crespo. O Estoril saia quase sempre a jogar curto, com os dois centrais e Gamboa, que baixava no terreno. A equipa da linha conseguia quase sempre ultrapassar a pressão do GD Cova da Piedade. Apesar do desejo de sair a partir de trás, o Estoril estava sempre atento à profundidade dada por Aziz e Vidigal.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Dani Figueira (6)

    Carles Soria (8)

    Hugo Basto (7)

     Valente (7)

     Joãozinho (7)

     Gamboa (7)

    Crespo (8)

    Zé Valente (9)

    Chiquinho (8)

    Aziz (10)

     Vidigal (8)

    SUBS UTILIZADOS

    André Clovis (7)

    Murilo (5)

    Lazare (6)

    Rosier (5)

    André Franco (-)

    ANÁLISE TÁTICA – CD COVA DA PIEDADE

    César Lacerda, adjunto de Toni Pereira, que está internado com COVID-19, alinhou a sua equipa com um esquema de três centrais aproximando-se do 5-3-2, mas acabou por mudar o posicionamento da sua linha defensiva, formando um 4-2-3-1. Com o decorrer do jogo, João Meira, inicialmente um dos centrais, acabou por subir no terreno formando um duplo pivot normalmente com Thabo Cele, o médio de maior rotação. Arnold ocupou a ala direita, mas derivava muito para o meio formando dupla com o avançado mais fixo João Vieira. Pepo era normalmente o médio que apoiava mais os avançados, enquanto Patrão ocupava mais a ala esquerda e procurava movimentos de rotura. O Cova saia quase sempre a jogar de forma longa. A defender, a equipa da margem sul procurava pressionar o Estoril na sua primeira fase de construção, mas foi quase sempre uma pressão inconsequente.

    ONZE INICIAL E PONTUAÇÕES

    Cléber (6)

    João Amorim (5)

    João Meira (5)

    Bruno Bernardo (3)

    Zarabi (5)

    Gonçalo Maria (4)

    Pepo (5)

     Patrão (6)

     Thabo Cele (4)

      Arnold (4)

    João Vieira (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Miguel Rosa (4)

    Varela (4)

      Balogun (4)

    Kakuba (4)

    BnR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    Bola na Rede: A condição física e do ritmo das duas equipas foi preponderante para este resultado?

    César Lacerda: Sim. Não conseguimos ocupar os espaços como previmos. O Estoril esteve muito bem em não nos permitir fazê-lo. Os nossos jogadores deram tudo. Esta paragem afetou-nos muito. Os jogadores ainda não conseguem fazer o que faziam antes da paragem.

    Bola na Rede: Não pode contar com Harramiz, mas o Chiquinho fez um excelente jogo. Qual é a importância de ter estes jogadores no banco prontos a contribuir?

    Bruno Pinheiro: É um trabalho que tem de ser feito a médio/longo prazo. Tiro o chapéu aos capitães de equipa que tanto têm contribuído para o desenvolvimento do Chiquinho. Ele é um jovem muito talentoso, mas talento não basta. É preciso trabalhar. O Chiquinho saltou hoje para o jogo porque fez esse trabalho. Deu um sinal muito positivo. Agora, precisa de continuar a evoluir e manter a consistência no treino.

    Artigo revisto por Mariana Plácido

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    Gonçalo Batista
    Gonçalo Batistahttp://www.bolanarede.pt
    O Gonçalo é atualmente aluno da Escola Superior de Comunicação Social, onde persegue o seu sonho de ser jornalista. Descobriu a emoção do desporto quando assistiu, juntamente com o seu pai, ao clássico entre o Glasgow Rangers e o Celtic. A partir desse momento o desporto tornou-se uma parte fundamental da sua vida. Apaixonado pela prática desportiva, segue o futebol em geral e a NBA religiosamente. Tem dois clubes de coração o Benfica, e o Clube Atlético de Queluz clube da terra, no qual é atleta desde os 6 anos.                                                                                                                                                 O Gonçalo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.