Varzim SC 0-3 Rio Ave FC: Derby confirma superioridade vilacondense

    A CRÓNICA: VARZIM SC ENTROU BEM, RIO AVE FC RESPONDEU E GOLEOU

    Pela primeira vez em treze anos, os eternos rivais Varzim SC e Rio Ave FC voltaram-se a encontrar num jogo a contar para a Segunda Liga. Os vizinhos, que já se haviam defrontado esta temporada na Taça da Liga, num jogo em que o Rio Ave levou a melhor nos penáltis, carimbando assim a passagem à próxima fase da competição. A equipa da casa chegou a esta terceira jornada com dois pontos, depois de sucessivos empates frente a Chaves e Académica, enquanto a turma vilacondense venceu por cinco bolas a uma a briosa, na primeira jornada, e depois empatou a uma bola frente ao Farense.

    O jogo iniciou-se, com um ambiente incrível nas bancadas, e o Varzim muito cedo se demonstrou determinado a chegar ao golo. Logo no segundo minuto de jogo, livre à entrada da área a favorecer a equipa da casa e Murilo Freitas atirou a bola à trave da baliza defendida por Jhonatan.

    O jogo esteve sempre dividido e tivemos de esperar até ao minuto 39 para ver uma nova oportunidade de golo, quando Gabrielzinho encontrou Pedro Mendes na área e este cabeceou para uma grande defesa de Ricardo Nunes. O Rio Ave ameaçou aos 39′ e no minuto seguinte chegou mesmo à vantagem. Passe longo de Hugo Gomes nas costas da defesa, que encontra o supersónico Gabrielzinho, que ainda beneficiou de um ressalto para ficar isolado, antes de bater Ricardo com um chapéu.

    A segunda parte não podia ter começado melhor para a equipa visitante. Logo no segundo minuto, Ukra de fora área atira com muita força, o que permite a Ricardo uma defesa incompleta, que vai ter com Pedro Mendes ainda dentro da área, este serve Joca que com a baliza aberta aumenta a vantagem para os vilacondenses.

    O Rio Ave entrou com toda a força na segunda parte e logo após o segundo golo chegou ao terceiro. Joca saí com muita qualidade do marcador, conduz muitos metros e solta para Costinha, que com dois dribles tira o adversário da frente e serve Guga para o terceiro. Uma jogada fantástica que protagonizou o momento do jogo

    O Rio Ave que, ao minuto 64, ficou reduzido a dez unidades, com a expulsão de Costinha por segundo amarelo, após uma falta a meio-campo. O Varzim reagiu e esteve mais perto da baliza adversária, mas mesmo assim não foi suficiente para chegar ao golo.

    Com esta vitória, o Rio Ave soma assim sete pontos na Segunda Liga, enquanto que o Varzim tem apenas dois.

     

    A FIGURA

    Joca – Quando a qualidade é aliada à ambição, aparecem jogadores como Joca. Foi determinante. Fez o segundo golo e esteve na jogada do terceiro. da do terceiro. Rápido e com uma qualidade técnica acima da média. Guga e Gabrielzinho também fizeram um ótimo jogo.
    O FORA DE JOGO

    João Reis – O lateral esquerdo do Varzim não teve a melhor exibição. Foi castigado todo o jogo por Gabrielzinho e Costinha e fica muito mal na fotografia no terceiro golo rioavista. Mérito do Rio Ave que soube explorar os seus pontos fracos.

     

    ANÁLISE TÁTICA – VARZIM SC

    O Varzim apresentou-se num 4-3-3, com um médio mais defensivo, papel desempenhado por André Leão, e dois homens mais à frente, Zé Tiago e Luís Silva. Murilo e Agdon jogaram abertos nos flancos, no apoio ao avançado Heliardo.

    Na primeira fase de construção, André Leão baixou para o meio dos centrais, saindo a três homens e projetando os laterais. Agdon mostrou-se dentro, recebendo em apoio e libertando a profundidade para Heliardo.

    No processo defensivo, o Varzim muitas vezes formou uma linha de cinco defesas, com Murilo a acompanhar Costinha, que se projetou muito no terreno. Agdon juntou-se a Heliardo, formando assim um 5-3-2.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Ricardo (5)

    André Micael (4)

    Cássio (4)

    Pinheiro (4)

    João Reis (3)

    Zé Tiago (5)

    André Leão (4)

    Luís Silva (5)

    Agdon (4)

    Heliardo (5)

    Murilo (5)

    SUBS UTILIZADOS

    Tavinho (5)

    Valente (5)

    Lessinho (5)

    Raí (4)

    Ofuso (6)

     

    ANÁLISE TÁTICA – RIO AVE FC

    A equipa vilacondense apresentou-se num 4-2-3-1, com Guga e Zimbabwe como médios centro e três homens mais moveis à frente deles (Ukra, Gabrielzinho e Joca), que não iam dando referencias à defensiva varzinista, estando em trocas constantes. Pedro Mendes funcionou como um avançado mais fixo.

    No processo defensivo, o Rio Ave variou para um 4-4-2, juntando o homem que tivesse numa zona mais central a Pedro Mendes para fazer uma primeira linha de pressão, baixando os homens dos corredores para uma segunda linha.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Jhonatanm(6)

    Aderlan (7)

    Hugo Gomes (7)

    Sávio (4)

    Costinha (5)

    Zimbabué (5)

    Joca (8)

    Guga (8)

    Gabrielzinho (8)

    Pedro Mendes (7)

    Ukra (6)

    SUBS UTILIZADOS

    Rúben Gonçalves (5)

    Vitor Gomes (5)

    Ângelo (6)

    Fábio Ronaldo (6)

     

    BNR NA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

    Varzim SC

    BnR: O Varzim entrou muito confiante, mas aos poucos foi perdendo terreno e acabou por sofrer o golo numa fase em que o jogo estava muito equilibrado. Acha que esse golo já muito perto do intervalo teve influência na intranquilidade que se sentiu nos seus jogadores naquele início conturbado de segunda parte?

    António Barbosa: Entramos bem no jogo, organizados e a aproveitar os espaços dados pelo Rio Ave. Tivemos bem até à meia hora, quebramos um pouco até aos 10 minutos seguintes e na fase que estávamos novamente em ascendente, sofremos numa transição. A minha equipa sentiu o golo e é certo que não entramos bem na segunda parte, eles fizeram o segundo golo e logo depois o terceiro. O Rio Ave foi superior e conseguiu aproveitar muito bem as ocasiões que teve.

    Rio Ave FC

    BnR: O Rio Ave na primeira parte teve algumas dificuldades em impor o seu futebol, não conseguindo ter a bola tanto tempo e o Varzim teve bem na reação à perda. Na segunda parte vimos uma equipa diferente, mais confiante até. O que disse aos seus jogadores ao intervalo e o que pretendeu mudar na equipa de uma parte para outra?

    Luís Freire: Sim, o Varzim entrou muito forte e pressionou-nos desde início, mérito deles. Não estávamos a conseguir ter bola, como gostamos, e encontrar os espaços corretos. Antes do intervalo fizemos o golo numa fase que o jogo esteve dividido e a equipa soltou-se. Ao intervalo identificamos e mostramos os espaços e disse-lhes que íamos ter de ir à procura do segundo. Marcamos cedo e a equipa mostrou-se muito confiante, o resto é a qualidade deles. Criamos muito e penso que a vitória é inteiramente justa.

     

    Rescaldo da opinião de Francisco Silva
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    Francisco Moreira e Silva
    Francisco Moreira e Silvahttp://mariooliveira
    O Francisco é natural de Santo Tirso. Encontra-se a tirar uma licenciatura em Ciências da Comunicação, na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Sempre teve uma paixão enorme pelo deporto, sobretudo pelo futebol. Tem também um gosto especial pelo basquetebol, mais concretamente NBA. Jogou futebol durante 13 anos, mas agora é na vertente do treino que vai continuando o bichinho pela modalidade.