Noite europeia no Estádio Linzer, em Linz (Áustria), em perspectiva. Sporting CP volta a medir forças com o LASK Linz em jogo da sexta e última jornada do Grupo D da Liga Europa. Os Leões partem para este último jogo da fase de grupos ocupando o primeiro lugar do grupo com 12 pontos, enquanto a formação austríaca segue no segundo lugar com dez pontos. Na antevisão o treinador do LASK Linz, Valérien Ismael, deu o mote para a partida ao afirmar que pretende ganhar o primeiro lugar ao Sporting CP.
A equipa alvinegra é a actual segunda classificada do campeonato austríaco, tendo vencido o Wolfsberger, por 3-1, em jogo que antecede a recepção do Sporting CP.
Em Alvalade, a formação leonina já liderada por Silas derrotou o LASK por duas bolas a uma, graças a uma reviravolta, num jogo em que vimos um LASK muito ameaçador e atrevido.
Um facto curioso sobre as duas equipas: a primeira deslocação do Sporting CP à Áustria foi precisamente para defrontar o LASK na 1.ª eliminatória da Taça das Cidades com Feiras (um antepassado da Taça UEFA e da Liga Europa) da época 1969/70, tendo empatado a dois golos, depois de ter vencido o clube austríaco em casa por 4-0.
Na verdade, o Sporting CP apresenta um “défice” em terras austríacas: nas cinco deslocações que fez nunca conseguiu ganhar. A este propósito, certamente que os sportinguistas das gerações mais antigas lembrar-se-ão dos desaires do Sporting CP frente ao Casino Salzburgo, em 1993/1994 e ao Rapid Viena, em 1995/1996…
Amanhã, o Sporting CP voltará a enfrentar um LASK, desta vez ainda mais perigoso por jogar em casa. Em termos de individualidades, no plantel austríaco merecem destaque o avançado brasileiro João Klauss e os austríacos Reinhold Ranftl, médio, e Marko Raguz, avançado, pelas boas exibições que têm feito nesta edição da Liga Europa.
A comitiva verde e branca partiu para a Áustria com algumas ausências de peso num claro objectivo de fazer a rotação dos jogadores, mas também com jovens jogadores que terão uma oportunidade para jogar. A grande ausência na formação verde e branca é, sem dúvida, Bruno Fernandes, devido a castigo. Mathieu e Vietto ficaram também em Lisboa, por opção.
Não havendo Bruno, Silas terá certamente de mudar o esquema táctico para colmatar a sua falta. Depois, não havendo nem Bruno nem Vietto o Sporting CP apresentará menos criatividade na construção do ataque.
Outra nota no que diz respeito à convocatória vai para o facto de Silas ter arriscado levar apenas dois centrais para este último jogo, Coates e Illori, que integrarão quase de certeza o onze titular, quer o técnico leonino opte por uma defesa a quatro ou a cinco, e por consequência o banco de suplentes não terá um único defesa central de raiz. Com o infortúnio de Neto, esta partida poderia ter sido uma oportunidade para Eduardo Quaresma (e bem a merecia!).
Já Gonzalo Plata, Rodrigo Fernandes e Pedro Mendes voltam a ser opção para Silas e creio que poderão surpreender pela positiva.
Com tanta rotação, espero que a formação leonina não vacile diante o adversário austríaco e que o encare com rigor apesar da passagem estar garantida. Primeiro porque um clube como o Sporting CP tem de fazer sempre o melhor possível nas competições europeias e entrar para ganhar. E depois porque é importante manter o primeiro lugar e seguir para o sorteio dos 16 avos-de-final na qualidade de cabeça-de-série, de modo a facilitar, em teoria, o sorteio de um adversário “menos cotado”.
Foto de Capa: Sporting CP
Artigo revisto por Inês Vieira Brandão