Rio Ave FC 1-0 SC Braga: Golo de Guedes atira minhotos para fora da Taça

    CONFERÊNCIA BnR:

    Rio Ave FC

    BnR: Esta noite vimos o Braga muitas vezes pressionar o guarda redes do Rio Ave e o Cássio esteve muitas vezes perto de perder a bola em zona proibida, sentiu que o seu guarda redes esteve algo intranquilo esta noite?

    Miguel Cardoso: Há uma célebre frase do Valdano que diz “Há que morrer sem nos atraiçoarmos”, e a minha equipa nunca o vai fazer. Quando morrermos, vamos morrer de acordo com aquilo que são os nossos princípios, porque o que temos vindo a ganhar em função disso tem sido tanto que retirarmos uma migalha que seja é algo que não vamos fazer. Eu recordo que no Bessa estávamos a ganhar por 1-0, e a primeira vez que demos um pontapé para a frente pusemos a bola no meio, houve um jogador do Boavista que deu uma cabeçada, isolou o avançado e o Boavista empatou o jogo. Aquilo que fazemos é aquilo em que acreditamos. Naturalmente que nesse contexto de congruência temos a flexibilidade de perceber que uma coisa é ser congruente, outra coisa é ser consistente. Consistência em demasia é estupidez. Nós teremos sempre capacidade de nos ajustar, mas abdicar do nosso comportamento de construção é algo que não vamos questionar

     

     

    SC Braga

    BnR: Ao longo do jogo vimos por várias vezes Cássio em dificuldades na saída de bola, fazia parte da estratégia do Braga para este jogo condicionar a saída de bola do Rio Ave logo a partir do seu guarda redes?

    Abel Ferreira: Fazia, fez, e nós criámos oportunidades logo a partir daí. Nós sabíamos que o Cássio é o quinto jogador do Rio Ave que mais toca na bola, é uma equipa que joga muito para trás no sentido de chamar o adversário, para criar espaço por dentro. Nós sabíamos disso e teríamos que o condicionar, e muito honestamente, por aquilo que nós vimos no jogo, por duas ou três vezes se a bola tivesse ido na direção do Hassan em vez de ir na direção do Cássio teria sido golo. Esta era uma das situações que nós tínhamos pensado, para além das diagonais e dos movimentos de segunda linha, que é a forma como se consegue ultrapassar estas defesas que jogam com as linhas mais altas, porque para mim não há defesas perfeitas. Há equipas que defendem mais baixo e nós temos que ir pela linha e fazer roturas no último terço. Com estas equipas temos de fazer movimentos de segunda linha, paredes frontais para depois aproveitar esses movimentos, ou diagonais de rotura como aquela do Esgaio onde porventura o Cássio podia ter sido expulso e o jogo certamente teria tido outro cariz.

     

    Foto de Capa: FPF

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    Pedro Paupério
    Pedro Paupériohttp://www.bolanarede.pt
    O Pedro é estudante de Ciências da Comunicação. Sendo um amante de desporto, é no futebol que encontra a sua maior paixão. A análise do que se passa em campo é a sua prioridade e não consegue ver um jogo sem tentar perceber tudo o que vai na cabeça dos treinadores. Idealiza uma cultura futebolística onde a tática e a técnica são muito mais discutidas do que a arbitragem.                                                                                                                                                 O Pedro escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.