1.
Nos seis jogos até à final da Taça de Portugal 19/20, o FC Porto sofreu apenas dois golos; o SL Benfica sofreu sete. Os caminhos de ambas as equipas até à grande final foram relativamente paralelos. Cinco vitórias e um empate foi o registo de ambos os clubes, sendo que o empate de cada um foi na partida fora de casa a contar para as meias-finais, por 1-1. Os campeões nacionais marcaram 16 golos e o vice-campeão apontou 15.
Como tal, trilharam trajetos semelhantes. No entanto, há um dado diferente e diferenciador, que se pode assumir como tal no jogo decisivo de sábado à noite. O FC Porto não concedeu golos em quatro dos seis jogos que disputou nesta edição da Taça, e apenas sofreu dois até à final (um do Varzim SC e um do Académico de Viseu FC).
Por seu turno, os encarnados apenas não concederam golos na vitória por 4-0 na Cova da Piedade, tendo sofrido um total de sete golos nos restantes cinco jogos disputados, dado que reflete a clara incapacidade defensiva dos pupilos de Bruno Lage (primeiro) e Nélson Veríssimo (agora).
Tudo somado, a vantagem histórica está do lado encarnado e a vantagem do momento está do lado azul e branco. Todavia, numa final da Taça de Portugal, num clássico e, sobretudo, num clássico numa final da Taça de Portugal, o momento que importa é o momento do próprio jogo, e a história que conta é a que está por contar e que sê-lo-á a partir das 20h45 de 1 de agosto de 2020. Nas poucas horas que nos separam desse antecipado momento, resta-nos respirar fundo, aguardar e, naturalmente, ler avidamente os artigos do Bola na Rede.
Artigo revisto