Luka Modrić é o vencedor do Ballon d’Or 2018 atribuído pela revista France Football. O médio croata já tinha de resto vencido o prémio da FIFA para o melhor jogador do ano e o prémio da UEFA para o melhor jogador europeu do ano.
A atribuição deste prémio veio confirmar assim, a viragem que aconteceu este ano no que aos prémios individuais diz respeito. Pela primeira vez, desde 2008, nem Ronaldo nem Messi conquistaram qualquer prémio individual, que vise a coroação do melhor futebolista do mundo. Ainda assim, Messi conseguiu conquistar a Bota de Ouro, sagrando-se o melhor marcador europeu.
Modrić vê assim o falhanço da conquista do Mundial, ao serviço da Cróacia, ser compensado com o pleno em prémios individuais.
Não colocando em causa a qualidade do médio croata, que é inegável, podemos, no entanto, colocar em causa a qualidade destas decisões e qual é afinal o objetivo destes prémios individuais. Luka Modrić teve uma época 2017/2018 excepcional a nível coletivo. Conquistou a Liga dos Campeões e foi finalista vencido do Mundial 2018. A nível individual terá sido o melhor jogador do mundo em 2017/2018? Não me parece, por muito boa época que o croata tenha feito.
Na minha opinião, estas atribuições a Modrić não representam nada mais nada menos do que a urgente necessidade que havia de deixar a luta Messi/Ronaldo para trás, ao mesmo tempo que se atribui assim um espécie de prémio-carreira ao croata.
Nem me vou alongar muito quanto ao facto do português ter-se classificado em segundo lugar, quando a sua influência individual é muito mais vincada do que a de Modrić, o Real Madrid esta época é o perfeito exemplo disso mesmo. Para mim, o pior é mesmo ver Lionel Messi fora do top3 destes prémios individuais, que supostamente coroam o melhor futebolista do mundo.
Ronaldo e Messi, apesar da idade, continuam a ser os melhores do mundo.
Parabéns Modrić, és um excelente jogador e mereces todos os elogios que te possam ser feitos, estás no entanto um patamar abaixo dos dois “monstros” que são Messi e Ronaldo.
Os prémios individuais, como o Ballon D’Or, têm que repensar muito bem os seus critérios e objetivos, ou correm o risco de deixarem de ser levados a sério, pois estas classificações colocam em causa a credibilidade dos mesmos.
Foto de capa: France Football