Standard Liége-Benfica-Real Madrid. Podia ser isto. Mas é isto: Standard Liége-Benfica-Zenit-Tianjin Quanjin. A carreira de Axel Witsel, médio centro belga, resume-se muito – mais do que aquilo que é – ao que podia ter sido.
Chegou ao Benfica no verão de 2011, depois de uma época em que o Porto de Villas-Boas tinha amassado por completo o Benfica campeão de Jorge Jesus, e logo teve impacto nos encarnados.
“Obrigou” o técnico português a mudar – definitivamente – o seu esquema tático – JJ passou a jogar, quase sempre, com um box-to-box declarado, atuando numa tática que podia ir, dependendo das interpretações, de um 4x2x3x1 a um 4x2x4. E, com a mudança tática, veio a mudança da forma de jogar.
O Benfica de Jesus, conhecido pela sua verticalidade e pela sua “sede” de procurar a baliza contrária, começou, então, a praticar um futebol mais pensado, mais pausado, com maior circulação de bola e com maior paciência no que toca a procurar os caminhos da baliza dos adversários. Tudo isto quase exclusivamente da responsabilidade do belga.
Formando um trio de meio-campo com Javi García e Aimar – às vezes era Rodrigo quem jogava ligeiramente atrás do ponta de lança –, o internacional belga fez uma época de grande qualidade e contribuiu, muito, para a boa época dos encarnados, apesar do campeonato perdido na reta final.
Foto de Capa: Facebook Oficial de Axel Witsel