2. Como funciona este mecanismo?
Todas as épocas, o Comité de Controlo Financeiro dos Clubes da UEFA analisa as contas consolidadas dos últimos três anos – o chamado período de avaliação – de todos clubes participantes nas suas competições. Essa análise é sempre feita olhando apenas para as últimas três temporadas, ou seja, esta época será analisado o equilíbrio entre as contas dos clubes de 2014/2015, 2015/2016 e 2016/2017. Obviamente que a UEFA tem formas diferentes de garantir que os clubes têm as suas finanças saudáveis. Assim, o fair-play financeiro baseia-se em dois pilares principais:
- Uma gestão equilibrada em break-even: este tipo de gestão significa, jogando simples, que um clube não gasta mais do que aquilo que ganha, reduzindo assim a probabilidade de criar dívidas. Neste equilíbrio estão contempladas as transferências de jogadores, bem como os salários e os seus limites. No fundo, é o principio-base de qualquer treinador de bancada que já jogou Modo Carreira no FIFA, PES ou FM: se ganhou 10 milhões de euros este ano em transferências e não tem mais orçamento, não deve gastar de seguida 60 milhões em novos jogadores;
- O investimento sustentável e o controlo de gastos excessivos: este ponto foi acrescentado em 2015 e é dedicado a todos os Paris Saint Germains ou Manchester Citys desse futebol fora. É destinado aos clubes que recebem grandes injeções de dinheiro e que recheiam os seus orçamentos de forma fácil, funcionando quase como um dopping financeiro. Aqui, o fair-play financeiro consegue ajustar estas injeções e perceber o peso do investidor nas contas do clube, para saber se este está a aplicar capital de forma legal ou ilegal – até porque qualquer entidade investidora que represente mais de 30 por cento das receitas totais de um clube, será automaticamente considerada uma parte do mesmo.