Olheiro BnR – Renato Sanches

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    Apenas se estreou recentemente pela equipa principal do Benfica, na goleada ao Tondela (4-0), mas quem conhece Renato Sanches sabe que estamos perante o mais promissor elemento da cantera encarnada no que à posição “oito” diz respeito, sendo certo que o jovem internacional sub-19 português necessitará somente da aposta continuada de Rui Vitória para começar a encantar nos relvados da Primeira Liga.

    Trata-se de um futebolista nascido a 18 de Agosto de 1997 em Lisboa (contando portanto com apenas 18 anos de idade), tendo iniciado a sua carreira no Águias da Musgueira, ainda que cedo tenha se transferido para o Benfica, mais concretamente na temporada 2007/08.

    No Seixal, rapidamente os diversos técnicos do Benfica foram percebendo que estavam perante um verdadeiro diamante por lapidar, sendo que Renato Sanches foi jogando muitas vezes acima do seu escalão, surpreendendo muito pouco que o médio-centro se tenha estreado no futebol profissional com apenas 17 anos, num empate do Benfica B, diante do Farense, em jogo da 10.ª jornada da edição 2014/15 da Segunda Liga.

    Renato Sanches é uma das maiores promessas do SL Benfica Fonte: Sport Lisboa e Benfica
    Renato Sanches é uma das maiores promessas do SL Benfica
    Fonte: Sport Lisboa e Benfica

    Mais de 30 jogos no escalão secundário

    Apesar da tenra idade com que se estreou no segundo escalão mais importante do futebol português, a verdade é que rapidamente o internacional sub-19 português foi conseguindo algum espaço nas escolhas de Hélder Cristóvão, tendo somado 24 jogos (11 como titular) em 2014/15 e mais nove partidas na actual campanha.

    Em 2015/16, aliás, o jovem craque fez todas essas partidas como titular, tendo somado inclusivamente três golos e conseguindo convencer Rui Vitória a dar-lhe finalmente uma oportunidade na equipa principal do Benfica, isto no recente triunfo das águias em Tondela (4-0) e onde Renato Sanches actuou nos últimos 17 minutos.

    Agora, obviamente, espera-se que o futebolista que deixou muitos gigantes europeus de apetite aguçado pelas suas brilhantes exibições na UEFA Youth League continue esta ascensão meteórica no Benfica, sendo que os problemas que as águias têm apresentado no meio-campo até lhe poderão facilitar de sobremaneira a tarefa.

    Brilha verdadeiramente como box-to-box

    Há que sublinhar que Renato Sanches pode actuar em qualquer posição do meio-campo central, seja a “dez”, “oito” ou “seis”, ainda que seja inegável que é na função de box-to-box que o jovem de 18 anos melhor consegue explanar as suas qualidades inatas.

    Esses talentos, aliás, são bastante extensos, sendo que o internacional sub-19 português apresenta boa capacidade física, isto tanto ao nível do pulmão como do choque, assim como uma grande inteligência táctica, algo que lhe permite uma fantástica ocupação de espaços no miolo e potenciar a recuperação de bolas.

    Muito efectivo nas transições, Renato Sanches brilha igualmente na condução com bola, uma vez que tem uma boa visão de jogo, sabe driblar e ainda é muito forte no capítulo do passe, algo que o torna especialmente perigoso quando se aventura no ataque.

    Obviamente que, aos 18 anos, ainda existem arestas por limar, nomeadamente no aumento da sua intensidade de jogo, na forma mais expedita como deve por vezes libertar-se da bola ou na compreensão de que por vezes também é necessário abdicar dos adornos excessivos. Certo, de qualquer maneira, é que se tudo correr de forma natural estaremos certamente perante um jogador que terá uma carreira de qualidade no espectro mais cintilante do futebol luso.

    Foto de Capa: Sport Lisboa e Benfica

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    Ricardo Figueiredo
    Ricardo Figueiredohttp://www.bolanarede.pt
    Sportinguista sofredor desde que se conhece, a verdade é que isso nunca garantiu grande facciosismo, sendo que não tem qualquer problema em criticar o seu clube quando é caso disso, às vezes até com maior afinco do que com os rivais. A principal paixão, aliás, sempre foi o futebol no seu contexto mais generalizado, acabando por ser sintomático que tenha começado a ler jornais desportivos logo que aprendeu a ler. Quanto ao ídolo de infância, esse será e corre o risco o de ser sempre o Krassimir Balakov, internacional búlgaro que lhe ofereceu a alcunha de “Bala” até hoje. Ricardo admite que ser jornalista desportivo foi um sonho de miúdo que conseguiu concretizar e o que mais o estimula na área passa pela análise de jogos e jogadores, nomeadamente os que ainda estão no futebol de formação ou naqueles campeonatos menos mediáticos e que pensa sempre que ninguém vê como o japonês, sul-coreano ou israelita..                                                                                                                                                 O Ricardo não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.