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Formado no Sporting e, mais tarde, no Arsenal, Rui Fonte não conseguiu singrar no escalão sénior onde, passado alguns anos, fez uma época satisfatória no Deportivo e convenceu o Sport Lisboa e Benfica, que viu nele um jogador importante no regresso da equipa B aos palcos do futebol profissional. Após alguma contestação pelos adeptos, após marcar 19 golos em 29 jogos pela equipa secundária da Luz, Rui Fonte não encontrou o seu espaço na equipa principal, quer com Jorge Jesus, quer com Rui Vitória, devendo-se muito provavelmente à qualidade dos seus avançados ou, ainda, à plena falta de oportunidades.
No Braga, Rui Fonte ganha aos 26 anos novo ânimo e, nesta época, tornou-se titular indiscutível com Jorge Simão, apontando já 10 golos em 27 jogos. Como podemos ver, Rui Fonte, que actua sobretudo como nº10 ou como Falso Avançado, não é o jogador que tem as melhores estatísticas e, por isso mesmo, não é aquele jogador que todos falam e admiram mas é, sim, aquele género de jogador que quem esteve, está ou gosta de ver futebol gosta, é aquele que joga e que faz jogar.
Embora seja, com certeza, uma comparação bastante exagerada, daquilo que vi ali, naquele grande jogo, sem grandes oportunidades e com o jogo a ir contra a sua vontade, Rui Fonte fez-me lembrar Aimar, isto porque, como diria Luís Freitas Lobo, Rui Fonte é daqueles que tem o perfume da técnica, a essência do futebol.
Se seria útil ou não ao Sport Lisboa e Benfica ou à Seleção Nacional? Não o posso saber, mas digo que o Rui Fonte é daqueles jogadores que faz gostar de ver futebol. Arrisco-me, assim, a dizer que temos aqui um dos jogadores mais subvalorizados do futebol português e que talvez só encontre o seu reconhecimento fora de Portugal ou anos mais tarde, tal e qual o seu irmão, José Fonte.
Foto de Capa: Rui Fonte
Artigo revisto por: Francisca Carvalho