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Supostamente fora Champions – Derivado ao escândalo do “Calciopoli”, a deliberação inicial ditava o afastamento do Milan da prova máxima europeia. Porém, os tribunais da UEFA optaram por permitir a participação.
Ilegalidades à parte, talvez ilegal tivesse sido o afastamento desta equipa. Comandados por Carlo Ancelotti (que marcou, inegavelmente, um legado, quer como jogador quer como treinador), o seu desempenho foi condizente com os recursos humanos que compunham o plantel. Um futebol mais do que jogado, mas limado, pensado, desenhado por nada mais, nada menos, que Andrea Pirlo.
Um conjunto que contou com muito mais do que experiência com adição de talento. O mais talentoso, Kaká, por exemplo, já contava com uma vasta experiência internacional. De facto, um conjunto de setores, em que cada um deles cumpria a sua função com distinção. Não havia alunos naquela equipa, eram, se me for permitida a analogia, “professores catedráticos” e “professores estagiários”.
Assim sendo, foi fomentado um elemento estético fora do comum ao seu jogo. Este Milan foi exímio em induzir a ilusão ao espetador de que quem corria era a bola, não o jogador.