Ciclismo | As 5 melhores etapas de 2020

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    Mathieu Van der Poel (Ronde van Vlaanderen) À semelhança daquilo que foi a nossa eleição quanto aos cinco maiores protagonistas da temporada, acaba por ser lógica a inclusão de algumas dessas figuras máximas de 2020 dentro deste tema. Depois de Roglič e Pogačar, era imperativo o mano-a-mano na Ronde van Vlaanderen entre Mathieu Van der Poel e Wout Van Aert constar nesta lista.

    O campeão nacional holandês bateu ao sprint o seu eterno rival, num dos primeiros grandes confrontos – no calendário mundial de estrada – em cima da linha de meta entre as duas bisarmas originárias do cyclo-cross. Assim como na Liège-Bastogne-Liège  ou na Flèche Wallonne, vencidas por Primož Roglič e Marc Hirschi, respetivamente, a passada edição da Tour des Flandres teve emoção até ao fim, diferenciando-se pela superioridade de três grandes campeões em relação aos demais, pela reta final completamente louca e sobretudo pelo primeiro vislumbre quanto à sucessão de grandes duelos em perspetiva entre estes dois jovens portentos, indiscutivelmente capazes de representarem a elite do pelotão mundial num alargado número de provas daqui em diante.

    Sobre a corrida, essa tal superioridade começou por revelar-se clara quando, a cerca de 45 quilómetros para o final, um inesperado Julian Alaphilippe, em absoluta estreia na prova, foi o primeiro “tubarão” a movimentar-se dentro de um grupo restrito de favoritos à vitória. Para surpresa de muitos, foram poucos aqueles que conseguiram seguir na roda do polivalente ciclista da Deceuninck Quick-Step. A seleção natural entre os mais capazes sucedeu-se em ligeira descida quando Alaphilippe, Van der Poel e Van Aert deixaram o primeiro grupo e foram em busca da vitória, cavando uma diferença importante à entrada para os últimos 35 quilómetros finais.

    O que se esperava uma grande batalha entre três dos melhores ciclistas da atualidade, acabou por não acontecer em virtude de uma queda do campeão mundial, Alaphilippe, após embater com estrondo numa mota da organização da prova. Infelizmente, não foi possível assistir a um embate que prometia ser memorável, mas em termos de espetáculo, não existiu muita razão de queixa quanto à luta nos derradeiros metros finais.

    Com forças tão equilibradas entre os dois rivais, há que exaltar a reação de Van der Poel ao primeiro movimento brusco de Van Aert quando este se encaminhava para o início do sprint final. A ideia que fica é que tal capacidade de reação pode ter sido decisiva para levar Van der Poel a evitar ser surpreendido e ao mesmo tempo surpreender Van Aert com tamanha capacidade de aceleração. No entanto, existe também a necessidade de atribuir créditos ao ciclista belga que, como é sabido, detém uma ponta final invejável e apenas perdeu por uma questão de centímetros. O futuro parece risonho se colocarmos Van Aert, Van der Poel e “mesma competição” numa única frase.

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    Ricardo Rebelo
    Ricardo Rebelohttp://www.bolanarede.pt
    O Ricardo é licenciado em Comunicação Social. Natural de Amarante, percorreu praticamente todos os pelados do distrito do Porto enquanto futebolista de formação, mas o sonho de seguir esse caminho deu lugar ao objetivo de se tornar jornalista. Encara a escrita e o desporto como dois dos maiores prazeres da vida, sendo um adepto incondicional de ciclismo desde 2011.