Os 10 jogos memoráveis da Premier League neste século

    4.

    Fonte: Arsenal FC
    Fonte: Arsenal FC

    Liverpool 4-4 Arsenal (21/4/2009) – A 21 de Abril de 2009, deu-se um dos jogos mais frenéticos que já teve existência: duas equipas conhecidas pelas suas debilidades defensivas, mas em oposição, que costumam contar com jogadores brilhantes e criativos no ataque, suscitaram uma terça feira à noite do melhor que pode haver.

    O Liverpool apostou desde cedo na manobra ofensiva: à sua disposição jogadores como Torres, que no seu auge (era o caso) consistia num elo capaz de desequilibrar por si só, encontrar espaços e fazer golos. Todo o processo ofensivo dos reds tinham Torres como destino. O Arsenal tinha um jogador do mesmo género, mas não jogou (Robin Van Persie). Na primeira meia hora, os da casa dispuseram de várias e claras chances de golo, mas Fabianski estava em todas (Torres que o diga). E é absolutamente contra a corrente que o Arsenal chega à vantagem, por intermédio de Arshavin! O russo foi muito mal marcado pela defensiva da casa, e só trata de receber a bola e rematar. Benayoun foi o jogador que mais tentou alvejar a baliza de Fabianski até ao final da primeira parte, mas ,por incrível que pareça, o jogo foi mesmo para intervalo com o Arsenal na frente.

    Na segunda parte, ao contrário da primeira, o Liverpool finalmente consegue bater Fabianski, que foi o melhor em campo, em absoluto, nos primeiros 45 minutos. Torres de cabeça, após um lance muito trabalhado por Kuyt, faz o empate. Pouco depois, nesta linha ofensiva muito insistente, o Liverpool dá a reviravolta através de Benayoun! No entanto, o Arsenal não se ficou e agora não era Fabianski, mas sim Arshavin a ter a estrelinha. Tudo lhe corria bem. Empata a partida com um golaço, um remate cruzado em diagonal vindo da esquerda, após lapso de Arbeloa. Reina não tem como fazer frente à colocação e potência daquela bomba. Somente três minutos depois, o contrário: remata fraco e mal colocado, mas mesmo assim Reina não esteve à altura…

    O Liverpool, face a esta tamanha contrariedade, que acontecera em menos de cinco minutos, fica numa situação bem complicada, no que diz respeito à luta direta contra o rival United, numa fase já de final de campeonato. Era preciso ir em busca, desesperadamente, de golos. E é por isso que tinham Torres. O espanhol, um dos melhores jogadores do mundo na altura, troca as voltas, seja a defesas, seja ao guarda redes, e volta a estabelecer o empate! Fernando Torres jogava mesmo muito! Logo na resposta, Bendtner após se desmarcar, recebe de Song, e marca…mas foi apanhado fora de jogo. Um lance um pouco duvidoso em termos de análise. Numa partida que já teve tanto, o melhor ainda estava guardado para o fim: a dez segundos do minuto 90, Arshavin marca o quarto golo da conta pessoal!!!

    Quatro golos, um grau de eficácia extremo, quando visava a baliza em boa posição, não falhava! Uma exibição ao nível do que fez no Euro 2008… Provavelmente foi a sua melhor exibição de sempre! Até ao final, foi Arsenal na área, Liverpool a tentar entrar nela ou a ter ângulo de remate perto dela. Mas não demorou muito o empate, num jogo extremamente frenético. Benayoun apanhou uma bola perdida, sem cobertura, marca, e corre novamente para o círculo central do campo… Onde é que os ferrenhos dos reds já tinham visto algo semelhante? Talvez dias antes, já que a contar para os quartos de final da Liga dos Campeões, num empate exatamente igual diante do Chelsea!! (Insuficiente, o Chelsea tinha ganho 2-0 em Stamford Bridge). Mas ultrapassado o desaire a nível europeu, o Liverpool apenas se interessava na vitória, que não surgiu, mas fica para sempre documentado uma das melhores noites de futebol que, muito possivelmente, Inglaterra já teve!

    - Advertisement -

    Subscreve!

    Artigos Populares

    Diogo Fresco
    Diogo Frescohttp://www.bolanarede.pt
    Fã de um futebol que, julga, não voltará a ver, interessa-se por praticamente tudo o que envolve este desporto, dando larga preferência ao que ocorre dentro das quatro linhas. Vibra bastante com a Seleção Portuguesa de Futebol.                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.