Macedónia do Norte 0-3 Países Baixos: À Altura das Expectativas

    A CRÓNICA: QUALIDADE INDIVIDUAL SOBRESSAI EM EMBATE DESIGUAL

    Com as posições finais já decididas para ambas as seleções, Macedónia do Norte e Países Baixos não tinham nada a perder, o que proporcionou um jogo aberto e recheado de remates.

    Desde início que a Macedónia do Norte quis pressionar o adversário. Conseguia chegar à grande área e com o jogo ainda empatado, enviou uma bola ao poste por intermédio de Trickovski. Mas os Países Baixos jogavam com muito mais critério e aproximavam-se da área adversária com facilidade.

    Aos 23 minutos o marcador foi inaugurado: num contra-ataque muito bem trabalhado entre Mallen e Depay, o primeiro assistiu para o segundo, que marcou o seu 28.º golo pela “Laranja Mecânica”. Poucos minutos depois, Mallen isolou mais uma vez um companheiro de equipa, desta vez Dumfries, mas este não conseguiu vencer o duelo com o guardião macedónio, Dimitrivieski.

    Na 2.ª parte o decorrer do jogo não se alterou: apesar da vontade da Macedónia do Norte, foram os Países Baixos quem conseguiu chegar aos golos.

    Ao minuto 50, Depay desmarcou-se na grande área e passou para um isolado Wijnaldum, que só teve de encostar. Cinco minutos depois, a Macedónia do Norte fez o seu único remate à baliza, através de um livre direto batido por Bardhi. E logo a seguir, mais um golo holandês: Mallen isolou Depay, que viu o seu remate ainda ser defendido, mas Wijnaldum apareceu muito bem na recarga e bisou na partida. Os Países Baixos continuaram a somar oportunidades, mas não as voltaram a aproveitar.

    Até ao final do jogo, há que destacar a despedida do futebol internacional do eterno Goran Pandev.

    A Macedónia do Norte, após um remate de Churlinov, ainda introduzia a bola na baliza, mas o golo foi anulado por fora de jogo. Nos minutos finais o jogo esteve bastante aberto, mas as redes não voltaram a abanar.

    A FIGURA

    Trio Atacante Holandês – Desfizeram por completo a defesa da Macedónia do Norte de forma recorrente. Depay marcou e assistiu, Wijnaldum bisou e Donyell Mallen, pela primeira vez titular neste Euro, fez uma assistência e colocou toda a sua qualidade em evidência.

    Não é ao acaso que os Países Baixos são a seleção com mais golos marcados neste Europeu, com um total de oito.

    O FORA DE JOGO

    Vontade Desmedida da Macedónia do Norte – Era grande o desejo de marcar pelo menos um golo aos Países Baixos e proporcionar a melhor despedida possível a Goran Pandev. Os macedónios atacaram muito, mas desvalorizaram em demasia as tarefas defensivas, o que acabou por se refletir no resultado.

     

    ANÁLISE TÁCTICA – MACEDÓNIA DO NORTE

    O selecionador Igor Angelovski mudou de sistema para esta partida, abandonando os três centrais para apostar num 4-2-3-1, com Pandev como homem central na manobra atacante da equipa. A ideia era disponibilizar mais homens para o ataque e a equipa, quando tinha bola, subia com muitos jogadores.

    O problema de reduzir o número de defesas foi ter aberto demasiado espaço para os holandeses atacarem, o que acabou por ser fatal.

    A diferença de qualidade individual entre as duas equipas também foi notória e toda a vontade macedónia apenas resultou num remate á baliza em 13 tentativas.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Dimitrievski (7)

    Aliovski (5)

    Musliu (6)

    Velkovski (5)

    Ristovski (6)

    Bardhi (7)

    Ademi (6)

    Trajkovski (5)

    Elmas (5)

    Trickovski (7)

    Pandev (6)

    SUPLENTES UTILIZADOS

    Churchilnov (6)

    Hasani (6)

    Kostadinov (6)

    Stojanovski (6)

    Nikolov (7)

     

    ANÁLISE TÁCTICA – PAÍSES BAIXOS

    Mantendo-se fiel ao sistema dos jogos anteriores, Frank de Boer alinhou a sua equipa num 3-4-1-2, sendo Wijnaldum o homem-chave para ligar o meio-campo e o ataque.

    Apostaram também em bolas longas para explorar as costas da defesa adversária e aproveitar a velocidade de Depay e Mallen. Este último também se evidenciou ao recuar no terreno para combinar com os colegas e depois acelerar para cima do adversário.

    Ter jogado com três centrais podia parecer excessivo tendo em conta o adversário, mas foi aposta correta e provou a eficácia deste sistema.

    Na segunda parte, de Boer fez cinco substituições que não retiraram nenhuma qualidade a esta seleção muito competente dos Países Baixos.

    11 INICIAL E PONTUAÇÕES

    Stekelenburg (6)

    Blind (8)

    de Ligt (7)

    de Vrij (7)

    van Aanholt (7)

    Gravenberch (7)

    de Jong (8)

    Dumfries (6)

    Wijnaldum (9)

    Mallen (8)

    Depay (9)

    SUPLENTES UTILIZADOS

    Timber (7)

    Berghuis (6)

    Weghorst (7)

    Promes (6)

    Gakpo (6)

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    Afonso Viana Santos
    Afonso Viana Santoshttp://www.bolanarede.pt
    Desde pequeno que o desporto faz parte da sua vida. Adora as táticas envolvidas no futebol europeu e americano e também é apaixonado por wrestling.