10 Years Challenge do SL Benfica: como era o plantel há 10 anos?

    Tirando proveito da trend do “10 Years Challenge” das redes sociais, decidi fazer um “throwback”, ou retrocesso, ao plantel do Benfica de há dez anos, na época de 2008/2009.

    Foi um ano em que o Sport Lisboa e Benfica apenas venceu a Taça da Liga (na altura chamada Carlsberg Cup), acabou em terceiro lugar na Primeira Liga, e fez uma campanha horrível na Taça UEFA (acabou no último lugar do seu grupo na primeira fase). O nosso treinador foi Quique Flores, e até tinha na mão um plantel com alguns (mas grandes) craques do futebol, mas claramente não teve jeito para “conduzir o Ferrari”.

    No ano anterior, Rui Costa decidiu acabar a carreira de jogador e, logo aí, tínhamos perdido um elo importante da equipa. A outra saída com relevância foi a de Petit, a custo zero para o Colónia.

    Sai Rui Costa, entra Aimar. Mágico por mágico. Foi este o primeiro ano de Aimar com a águia ao peito, e sabemos bem a importância que teve o argentino no Benfica. Também entraram Sidnei, José Antonio Reyes, Carlos Martins, Urretaviscaya, Rúben Amorim, Yebda, David Suazo, e a grande promessa Javier Balboa, que de grande não teve nada.

    Esta foi a primeira temporada de Pablo Aimar ao serviço do Sport Lisboa e Benfica
    Fonte: SL Benfica

    O plantel propriamente dito:

    A nossa baliza foi dividida em toda a temporada por dois guarda-redes: Quim e Moreira. O primeiro só estaria mais uma temporada no Benfica (e ainda a titular), saindo depois a custo zero para o seu clube de origem, o Sporting Clube de Braga. Já Moreira, esteve mais duas épocas, e em nenhuma foi titular.

    A nossa defesa era composta por David Luiz na ala esquerda (na altura a jogar a lateral esquerdo ou central) e Jorge Ribeiro, os centrais Luisão e Sidnei, e Maxi Pereira com Miguel Vítor do lado direito. David Luiz esteve mais uma temporada e meia antes de rumar ao Chelsea, e sabemos bem o enorme jogador que se tornou. Sabemos bem por onde andou Luisão. Já Sidnei, ainda andou por cá mais algumas temporadas, sem ser titular indiscutível, mas, depois de alguns empréstimos, lá acabou por sair em definitivo para o Deportivo de Coruña. Maxi Pereira ainda ocupou a ala direita por mais seis épocas, antes de trocar a camisola encarnada pela azul e branca do Futebol Clube do Porto.

    O nosso meio-campo estava entregue a Katsouranis, no espaço mais recuado e defensivo, a Rúben Amorim, Carlos Martins, Hassan Yebda, que iam rodando entre uns e outros e, numa posição mais ofensiva, Pablo Aimar. Esta terá sido a última época de Katsouranis no Benfica, que voltou à Grécia para o Panathinaikos. Rúben Amorim e Carlos Martins ainda jogaram de Águia ao peito mais alguns anos. Por sua vez, Yebda andou nos empréstimos nos anos posteriores, saindo em definitivo em 2011. Para Aimar, esta tinha sido a primeira de cinco épocas muito especiais no Sport Lisboa e Benfica.

    Os avançados eram José Antonio Reyes, extremo emprestado pelo Atlético de Madrid, Jonathan Urreta, extremo que chegava do River Plate (do Uruguai), e os pontas de lança Óscar Cardozo, Nuno Gomes, David Suazo (também emprestado, mas pelo Inter de Milão), Ariza Makukula, e Pedro Mantorras. Reyes só tinha sido emprestado por uma época e Urreta andou vários anos emprestado a diversos clubes, saindo finalmente em definitivo para o Futebol Clube Paços de Ferreira em 2015. Cardozo veio a tornar-se um dos pontas de lança mais temidos e emblemáticos do Sport Lisboa e Benfica. Nuno Gomes (que já era bastante acarinhado pelos benfiquistas) ainda por cá ficou mais duas épocas. Mantorras já estava a dar as últimas e Makukula apenas fez um jogo pelo Benfica nesta época, tendo sido emprestado aos Bolton Wanderers.

    É a comparar com este passado recente que realmente vemos a diferença que faz uma aposta na formação de jovens jogadores nos clubes de futebol. Aqui vemos que não há praticamente nenhum jogador formado no Benfica a jogar no 11 titular, apenas jogadores vindos do estrangeiro. Atualmente vemos uma aposta total na formação do Seixal, de onde têm saído grandes promessas e craques, que mais tarde acabam por rumar a grandes clubes europeus e a ser titulares nos diferentes patamares da seleção portuguesa.

    Texto revisto por: Mariana Coelho

    Foto de Capa: SL Benfica

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    Jorge Baptista Laires
    Jorge Baptista Laireshttp://www.bolanarede.pt
    Adepto do Sport Lisboa e Benfica, do clube da sua terra, e, principalmente, da verdade desportiva. Despreza fanatismos clubísticos, tendo sempre uma opinião formada no que vê do próprio jogo jogado.                                                                                                                                                 O Jorge escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.