A.D. ‘Os Limianos’ 1-1 Merelinense FC: candidato incapaz perante organização canarinha


    O Campeonato de Portugal regressou a Ponte de Lima. Depois de um ano de ausência dos escalões nacionais, a AD Limianos procura, tanto quanto a manutenção, praticar um futebol atrativo e cativar as gentes daquela vila. Por sua vez, o Merelinense FC procura repetir feitos de outras épocas, nomeadamente a de 2016/2017, e lutar pela subida de escalão.

    Não era de esperar que o primeiro jogo fosse disputado com a qualidade desejável, mas antes com muita luta e inúmeros duelos a meio campo. Cedo se percebeu que a partida teria uma dose elevada de garra e que as bolas divididas seriam encaradas como “pão para a boca”. Prova disso são as escassas oportunidades de golo em toda a primeira parte e o número de cartões distribuídos até ao final da partida.

    A primeira meia hora de jogo resumiu-se a uma posse de bola inofensiva da equipa visitante e a vários contra-ataques promissores, mas impotentes da equipa da casa. Aos cinco minutos, numa jogada de resposta limiana, Jójó rematou cruzado e Chiquinho falhou a emenda ao segundo poste. O mesmo se repetiu aos 13 minutos, quando Cláudio conduziu o ataque rápido que terminou com um remate de Micka, fácil para Rêgo recolher.

    Pelo meio, os forasteiros conseguiam aproximar-se da baliza defendida por Bruno Santos, em ataque mais ou menos organizado, mas sem nunca causar perigo. O primeiro lance digno de registo por parte da equipa orientada por Carlos Cunha ocorreu à passagem do minuto 15 e terminou com um remate fraco e desenquadrado de Chula. No entanto, o perigo chegou mesmo à baliza limiana; aos 28 minutos e após um livre lateral cobrado por Mendonça, Rapha cabeceou sozinho e falhou o alvo por muito pouco.

    Quatro minutos depois, a equipa da casa chegou à liderança. Também através de um livre lateral, o central Tiago Letras surge sozinho ao segundo poste e só teve de encostar de cabeça.

    Até ao final da primeira parte não se registaram lances de maior perigo, uma vez que as equipas abrandaram o ritmo de jogo e pareciam esperar pelo descanso.

    Num jogo exageradamente disputado na raça, foram os lances de bola parada a decidir o encontro
    Fonte: Bola na Rede

    Em situação de desvantagem e com o intuito de reverter o resultado negativo logo na primeira jornada, o técnico visitante procedeu às três alterações antes do reatamento do jogo. A decisão veio a provar-se acertada, já que o Merelinense FC assumiu o jogo com outro caudal ofensivo e o golo do empate não tardaria a aparecer.

    Logo aos três minutos da segunda parte, numa altura em que a equipa da casa já se remetia para a sua metade do terreno, Fábio Pimenta cabeceou, apesar da forte oposição, e fez a bola rasar a barra.

    Aos 60 minutos, e bastante por cima do jogo, o Merelinense FC criou a jogada de maior perigo até então. Luiz Alberto descobriu Mendonça na linha que rematou cruzado da esquerda e a bola atravessou toda a área sem que qualquer emenda a transformasse em golo.

    Com o aproximar do fim do jogo, a AD Limianos jogava com o relógio e a equipa bracarense jogava mais com o coração do que com a razão. Prova disso foram os remates desesperados e totalmente desenquadrados com a baliza contrária e um pedido tão efusivo quanto disparatado de grande penalidade aos 73 minutos.

    Contudo, a sofreguidão dos atletas de encarnado acabou por surtir efeito. Após um mau alívio a um livre lateral cobrado pela direita, a bola foi despachada para o coração da área onde encontrou a cabeça de Luiz Alberto e só parou no fundo das redes, depois de Bruno ainda a ter desviado. Era a recompensa para os adeptos que viajaram desde Merelim e um verdadeiro balde de água fria para os adeptos da casa.

    Até ao final da partida, onde os quatro minutos extra foram esticados até perto dos sete, assistiu-se a tentativas desesperadas de desfazer o empate, de parte a parte, através de remates de fora da área.

    A divisão de pontos entre limianos e bracarenses acabou por se justificar, numa partida onde os golos e os lances mais perigosos nasceram através do jogo aéreo. Os da casa deram sinais de um regresso saudável aos palcos nacionais, enquanto que os forasteiros ainda demonstram muitas arestas por limar se quiserem repetir sucessos passados.

     

    Onzes iniciais:

    AD Limianos: Bruno Santos; Fernando, Digas, Tiago Letras e Jójó; Luan, Vítor Sousa (Alvinho, 71’) e Micka; Cláudio Dantas (Ricardo Silva, 57’), Rui Magalhães (Júlio César, 74’) e Chiquinho.

    Merelinense FC: Rui Rêgo; Mário Mendonça, Luiz Alberto, Rapha e Xavi (Jorginho, 45’); Alex Machado (Fábio Pimenta, 45’), Luís Ferraz e Valter Beck (Tiago Morgado, 45’); Jorge Chula, Fausto Lourenço e José Pedro.

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    Diogo Pires Gonçalves
    Diogo Pires Gonçalveshttp://www.bolanarede.pt
    O Diogo ama futebol. Desde criança que se interessa por este mundo e ouve as clássicas reclamações de mãe: «Até parece que o futebol te alimenta!». Já chegou atrasado a todo o lado mas nunca a um treino. O seu interesse prolonga-se até ao ténis mas é o FC Porto que prende toda a sua atenção. Adepto incondicional, crítico quando necessário mas sempre lado a lado.                                                                                                                                                 O Diogo escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.