Académica OAF 2-1 FC Penafiel: Banquete de emoções em dia de aniversário

    Os 34 anos da Mancha Negra, claque histórica do futebol português, foram brindados com uma vitória da sua Briosa, num jogo marcado por lances polémicos (mas bem ajuízados, na nossa opinião) e muita emoção.

    A impetuosidade do Penafiel (Romeu Ribeiro, Luís Pedro e Tiago Ronaldo viram cartão amarelo durante os primeiros 45 minutos) fez com que a primeira parte tivesse poucos momentos de emoção.

    A Académica, presa atrás dos 30 metros defensivos do seu adversário e algo limitada pela ação de dois médios mais posicionais (Ricardo Dias e Fernando Alexandre estiveram sempre distantes do trio de apoio a Djoussé), só conseguiu assustar quando, num momento de desconcentração, Luís Pedro “ofereceu” a Júnior Sena a possibilidade de inaugurar o marcador. O jogador brasileiro deslumbrou-se com as facilidades concedidas e não conseguiu tirar proveito do lance.

    Aliás, seria mesmo o Penafiel a dispôr da melhor oportunidade de golo, com Pires a obrigar Peçanha a boa intervenção. A única, porém, nos primeiros 45 minutos.

    Mauro, membro da Mancha Negra, foi homenageado pela claque
    Fonte: Bola na Rede

    A segunda parte trouxe um Penafiel mais afoito. O duplo pivô Romeu Ribeiro-Tiago Ronaldo passou a construir mais perto da àrea academista e os penafidelenses conseguiram chegar com perigo efetivo à baliza de Peçanha, num lance trabalhado por Ludovic e concluido por Vasco Braga, que ficou a centímetros do golo.

    A Académica parecia não conseguir responder ao maior pendor ofensivo do seu adversário e João Alves decidiu mexer no meio-campo, retirando Fernando Alexandre para colocar Reko, mais móvel. Uma aposta que teve efeitos imediatos: passados 2 minutos, o 28 da Briosa “arrancou” o segundo amarelo a Tiago Ronaldo e a Académica passou a jogar com mais um elemento.

    Não quer isto dizer, porém, que a Académica ganhasse supermacia sobre o seu adversário. Mesmo reduzido a dez, o Penafiel continua a ser perigoso e voltou a ter uma oportunidade flagrante – Ludovic e Vasco Braga estiveram perto de inaugrar o marcador, mas Peçanha, primeiro, e Yuri, depois, impediram o primeiro golo do jogo. Na sequência deste lance, a Académica, aproveitando o desposicionamento do adversário, conseguiu aproximar-se da àrea contrária e chegar… ao golo.

    Mancha Negra celebrou 34 anos com coreografia especial
    Fonte: Bola na Rede

    Djoussé trabalhou na àrea sobre dois adversários, abriu espaço para Júnior Sena cruzar para a finalização de Jonathan Toro aos 63’. Um golo que podia ter ditado o fim da partida, dada a vantagem conimbricense no marcador e no número de homens em campo. Porém, não foi assim. O Penafiel pegou no contexto, díficil, que o jogo lhe apresentou, não se lamentou e partiu em busca de uma felicidade que viria a conseguir. Aos 77’, num lance gizado por Ludovic, Fábio Abreu ganhou espaço e rematou sem hipótese de defesa para Peçanha.

    João Alves esperou por uma reação da equipa. Não a obteve e, passados 5 minutos, colocou, Diogo Ribeiro e Marinho nos lugares de Joel e Baldé, dotando a Briosa de maior presença na àrea. Ora, mais uma vez, as substituições do Luvas Pretas foram acertadas, já que, pouco depois, a Académica conseguiu uma grande penalidade fruto dessa presença na àrea. Chamado à conversão, Yuri Matias colocou a Briosa em vantagem e “fechou” o jogo.

    O Penafiel sai de Coimbra com a frustração de perder um jogo onde, a espaços, foi superior, enquanto que a Académica, ainda que sem encantar, voltou a vencer na sua fortaleza e está, novamente, a 7 pontos da zona de subida.

    ONZES INICIAIS E SUBSTITUIÇÕES:

    Académica OAF: Peçanha, Jean Filipe, João Real, Yuri Matias, Joel (Diogo Ribeiro 82’); Fernando Alexandre (Reko 57’), Ricardo Dias; Júnior Sena, Jonathan Toro, Romário Baldé (Marinho 82’); Djoussé;

    FC Penafiel: Ivo, Hélio (Pedro Lemos 76’), Vini, L. Pedro, José Gomes; Romeu Ribeiro, Tiago Ronaldo; Ludovic (Areias 89’), Vasco Braga, Fabio Abreu; Pires (Yuri 65’).

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